domingo, 8 de julho de 2012

Miséria, Estado e sociedade ausentes = Violência, criminalidade e insegurança

Bonsoir mes amis!

Ainda em férias, mas sempre de olho nos acontecimentos...

Lendo a matéria do DN, que segue abaixo, temos um termômetro de como os brasileiros estão se sentido acerca da segurança no país. Como temos dito, a segurança é um conceito muito subjetivo, algo que varia de pessoa para pessoa, dependendo de onde ela mora, qual sua condição social, seu nível de escolarização, entre outros aspectos que podem influenciar, significativamente, nessa percepção.

Outro fator preponderante nos dias atuais é influência exercida pelos aparelhos midiáticos, em especial a TV, principalmente tomando-se como referência àquelas empresas que lançam mão dos programas apelativos, de cunho eminentemente sensacionalistas, que incutem no imaginário da população, que vivemos num Estado caótico, that is,uma verdadeira guerra (SOUZA FILHO, 2001). É bem verdade que em algumas megalópoles (Rio, São Paulo...) e metrópoles (Recife, Fortaleza, etc.) há realmente áreas com altos índices de criminalidade, mas esses casos devem ser vistos de forma isolada, pois são aglomerados populacionais, onde o Estado é quase imperceptível e a miséria extrema, aliada à falta de educação, saúde, emprego, habitação e às drogas, sobretudo o crack, cooptam cada dez mais um exército de excluídos para o mundo da violência e criminalidade.

Vale a pena conferir os dados recentes do IPEA, acerca da percepção de nós brasileiros, não apenas sobre segurança, mas sobre as instituições que com ela diretamente trabalham, das quais (infelizmente) uma parcela significativa da população não confia (CALDERA,2000).

Referências:
SOUSA FILHO, A. Medos, mitos e castigos. 2a. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2001. 
CALDEIRA, Teresa P. Cidade de Muros: Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo. São Paulo: Editora 34/Edusp. 2000.

Brasil
Edição de domingo, 8 de julho de 2012 
Brasileiros temem assalto com arma de fogo
Seis em cada dez brasileiros têm muito medo de assalto à mão armada e assassinato

Brasília - Pesquisa de opinião divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou na sexta-feira a segunda rodada de pesquisa sobre segurança pública feita pelo Sistema de Indicadores de Percepção Social, criado pelo instituto. Desta vez, 3.799 pessoas foram entrevistadas em todas as regiões do país. A cada grupo de dez brasileiros, pelo menos seis têm "muito medo" de assalto à mão armada, assassinato e arrombamento da residência, conforme apurado pela pesquisa. Mais da metade sentem "muito medo" de sofrer agressão. O percentual de "nenhum medo" em todos os quesitos (assalto à mão armada, assassinato e arrombamento da residência) é em torno de 10%, com exceção do tema sofrer agressão, em que o percentual é 18,2%.

Eduardo Maia/DN/D.A Press


As mulheres se sentem menos seguras que os homens. Apenas 7,8% das entrevistadas disseram não sentir "nenhum medo" de assalto à mão armada, enquanto 16,9% dos homens têm a mesma sensação. Metade dos homens entrevistados afirma ter "muito medo" de assalto à mão armada, enquanto três quartos das mulheres têm a mesma intranquilidade. A amostra da pesquisa permite comparações entre as regiões. Em todos os quesitos, o Nordeste (com mais de 70% das respostas indicando "muito medo") lidera os temores de violência.

Além da sensação de insegurança, a pesquisa ouviu a opinião dos entrevistados sobre as instituições policiais. Apenas a Polícia Federal (PF) teve índice acima de 10% na resposta "confia muito". As polícias civis e militares dos estados, polícias com os maiores efetivos e mais próximas do cotidiano dos cidadãos, atingiram apenas 6% das respostas "confia muito". Cerca de 9% disseram "confiar muito" na Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Em cada dez entrevistados, seis concordam que a PF e a PRF realizam "seu trabalho com competência e eficiência". Mais da metade dos entrevistados em todo o país discordam da afirmação de que a "Polícia Civil realiza investigações sobre crimes de forma rápida e eficiente". A maioria também discorda que "a Polícia Militar (PM) aborda as pessoas de forma respeitosa".

Menos de 45% discordam que a PM "atende às emergências de forma rápida e eficiente". Segundo o Ipea, a percepção negativa das pessoas declaradas "não-brancas" em relação às polícias é 5% acima daquelas declaradas "brancas". Mais de 63% de todos entrevistados afirmaram que "os policias no Brasil tratam as pessoas com preconceito". Apesar desses indicadores, a maioria da população ainda confia na polícia. Somente cerca de um quinto (20%) disse "não confiar" nas polícias militares e nas polícias civis, enquanto 15% avaliaram negativamente a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.

Dos entrevistados, 48,4% afirmaram "ter procurado a polícia por algum motivo e passado por um atendimento policial". Desses, 74,1% fazem "avaliação positiva" dos atendimentos policiais. A desigualdade social, a falta de investimento em educação e o aumento do tráfico de drogas foram apontados como as principais causas da criminalidade. O crescimento do comércio ilegal de entorpecentes foi a principal dificuldade enfrentada pelos policiais.

A maioria dos entrevistados discorda que os policiais no Brasil "recebem boa formação e são bem preparados". Mais de um quarto dos entrevistados afirmam que ser policial é uma péssima opção de trabalho. 


Como de praxe um pequeno vídeo para reflexão! Será que nós sociedade não temos também junto com o Estado a nossa parcela de responsabilidade?

Miséria SA


37 comentários:

  1. O artigo relata de maneira clara e objetiva os percentuais de confiança que a população brasileira deposita nas instituições que estão diretamente relacionadas com a Segurança Pública no Brasil, e com uma consequente sensação de insegurança que aflinge a nossa população. Os números apresentados mostram o descontentamento dos cidadãos com a atuação desses órgãos em vários aspectos, seja na proteção investigação e na condução de políticas públicas que diminua de maneira significativa os índices de violência, tais como: arrombamento, assalto à mão armada, tráfico e consumo de drogas.
    A segurança passa a ser uma das principais preocupações do Brasil, o Governo Federal através do Ministério da Justiça, desde 2002 vem apresentando propostas e medidas que solidifiquem uma política nacional de segurança democrática em consonância com os princípios dos direitos humanos. O Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) foi criado para articular as ações em todos os níveis de governança (federal, estadual e municipal) na área de segurança pública e da justiça criminal, desenvolvendo uma forma prática de integrar sem interferir na autonomia dos órgãos de segurança. Com o objetivo de prevenir, analisar a realidade para cada caso, planejar estratégias e identificar quais métodos e mecanismos que serão usados, avaliando e monitorando as ações, o Sistema garantiria uma eficiência ordenada baseado em cinco pilares de integração: Gestão, Formação, Valorização, Prevenção e Controle.
    A violência pode ser abordada por três aspectos seja através da violência estrutural de resistência e da delinquência. A violência estrutural é aquela que está relacionada e ocasionada em decorrência da falta de investimentos, na área de saúde, educação e na geração de emprego e renda, afetando e influenciando negativamente nos índices de satisfação de nossa população.
    Vivemos em sociedade capitalista e de consumo, onde somos induzidos e coagidos a termos um padrão de comportamento que se enquadre nos interesses de instituições diversas, somos portanto obrigados através de um conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais a nos submetermos aos modelos e normas sociais, gerado através do controle social. A violência pode ser pensada como um fenômeno a ser analisado, servindo para interpretar determinada realidade social. Pode ser vista como negativa se opondo a pacificação e positiva por expressar um descontentamento diante de uma determinada realidade, gerando um processo de mudança social.
    Partindo deste princípio podemos chegar a uma conclusão de que para manter um nível de consumo exigido pela sociedade moderna é necessário ter uma renda adequada e suficiente que atenda as necessidades mínimas da população, gerando uma satisfação coletiva de bem estar, contribuindo diretamente na diminuição dos índices de violência. Sendo portanto os números mostrados na pesquisa um parâmetro para balizar as ações governamentais no sentido de formular políticas públicas que melhore as condições de vida da nossa população.
    Flavio Romero Coutinho Barreto, em 15 de julho de 2012.

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  2. Geiza Venceslau 14 de Julho de 2012 18:40
    De acordo com a matéria do Diário de Natal do último domingo dia oito de julho, que expõe a pesquisa do IPEA a cerca da violência, se percebe que a sensação de segurança da sociedade é cada vez maior, pois a mesma se vê a mercê da violência e da criminalidade e sem o apoio das instituições policiais.
    Esta sensação de insegurança pode variar de acordo com o gênero, em virtude da circunstância em que ocorre a violência, como também do lugar onde a pessoa reside, estando presente em todas as classes sociais; podendo aumentar com o auxílio da mídia que faz uso da sua influência através de programas sensacionalistas para imprimir a idéia de caos total na sociedade.
    E buscando reagir a esta situação, a sociedade se utiliza de vários artifícios, como por exemplo: procura fazer justiça com as próprias mãos recorre à segurança privada, já que também não confia muito na segurança pública, através das instituições policiais, pois alega, ainda de acordo com a pesquisa, que os policiais não são bem preparados, não abordam a população com respeito e não recebem uma boa formação.
    Entretanto segundo Durkheim, o crime é um fato social necessário, pois é indispensável a “evolução normal da moral e do direito” e que “uma sociedade isenta dele é impossível”, principalmente no tipo de solidariedade em que vivemos, a qual ele chama de Orgânica, típica de sociedades capitalistas, onde predomina o caráter absolutamente individualista e onde a divisão social do trabalho é que mantém a coesão social.

    Referências:
    FABRETT, Humberto Barrionuevo. A teoria do crime e da pena em Durkheim: uma concepção peculiar do delito. Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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  3. Reflexão da insegurança e o crime no Brasil

    De acordo com o texto “A origem da criminalidade” do autor Rodrigo Vergara houve uma pesquisa realizada pela organização das Nações Unidas no ano de 1997 apresentando o Brasil como o terceiro lugar entre os países com as mais elevadas taxas de assassinato, apontando também o quinto lugar acerca de roubos. Fazendo uma relação com o artigo do Diário de Natal postado no blog em julho de 2012, observa-se que o Brasil continua mostrando nuances de insegurança e muito pânico na sociedade. O artigo disponibilizado no blog destaca também confiabilidade da atuação da Segurança Pública no País.
    No entanto como ocorre a reflexão sobre esses fatos e dados apresentados? Muitas vezes a análise se resume no indivíduo, naquele que comete o crime, se limitando a delinquência. Não se contextualiza nem se busca entender a origem, nem causas, apenas as consequências.
    Aproximando o tema sobre a análise da violência estrutural, amplia-se para pensar como a violência se manifesta e que a vida em sociedade é o espaço de desenvolvimento, sendo visualizados nas estruturas organizadas e institucionalizadas, se apresentando de diversas formas, conforme, conjunturas econômicas, políticas, culturais e especificidades históricas.
    Dessa forma, falar sobre a insegurança e o crime se faz necessário averiguar os fatos sociais que os perpassam.
    Conforme Durkheim, fato social “... é toda maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior...” Estar atrelada as representações coletivas, grupos e instituições e a consciência coletiva. Durkheim apresenta as principais características do Fato Social: Coerção Social, o que impulsiona o indivíduo ter determinada atitudes; Exterioridade, regras, costumes, leis que já existiam e a Generalidade, fato social que se repete entre a maioria dos indivíduos e/ou sociedades.
    Desse modo, é importante ressaltar que o aumento violência ocorre concomitantemente ao aumento da desigualdade social, falta de investimento na educação, o desemprego, caos na saúde pública.
    Contudo, na perspectiva do fato social ser uma maneira de fazer, reflete-se que o enfrentamento também. Importante perceber que enquanto cidadão, cada indivíduo é parte das causas e também do enfrentamento, através da luta pelos direitos, das atitudes nos espaços ocupacionais, entre outros.
    No vídeo disponibilizado no blog apresentando a miséria, a falta de moradia, subemprego e desemprego serve como parâmetro para o Estado implementar/investir em políticas públicas que possam atender as necessidades apresentadas.
    Neylane Menezes

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  4. Saudações meus caros (as) Flávio, Geiza e Neylane!

    Bons comentários vocês fizeram, principalmente porque conseguiram analisar não apenas as consequências, mas também as causas dos vários tipos de violência e seus desdobramentos.

    No quesito problemtatização com os artigos e materiais correlatos também foi bastante interessante, pois fizeram uma ponte da teoria com a realidade social na qual estamos inseridos. Perceber o contexto sócio-histórico-cultural e suas implicações no nosso cotidiano é fator preponderante para proposição de políticas e/ou ações sociais que possam modificar os status quo.

    Nesse sentido como assevera Michel Foucaul (1989), o poder perpassa todas as camadas sociais, não estar na posse de um determinado grupo social. Noutras palavras, está presente na tessitura social, portanto, todos os indivíduos, todas as comunidades - oficializadas ou não, (BIONDI, 2010) todos os agrupamentos humanos podem influenciar e mudar a sua realidade social.

    Referências:
    BIONDI, Karina. Junto e misturado: uma etnografia do PCC. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2010. Antropologia Hoje.
    FOUCAULT. Michel. A microfísica do poder. 8ª edição. Rio de Janeiro: Graal, 1989.

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  5. Tomando base no artigo citado, o avanço da criminalidade ocorre em pontos diferenciados e não podemos generalizar seus efeitos desencadeados por mídias sensacionalistas que cobrem noticias televisivas em busca de audiência e consequentemente atingem um grande público e subentende-se que ficam a mercê da criminalidade. Acredito que os adolescentes e jovens de classe baixa em sua maioria são responsáveis por gerar tais conflitos e que não trazem o “conforto” esperado, para quem vive economicamente bem. E também para quem busca uma sociedade de paz, mesmo sem recursos que possa viver em local menos atendido pela gestão política e societária. Em caráter geral a segurança pública. Porque ocorrem esses conflitos? Criminalidade X Segurança. É necessária uma política organizada e combatente no principal recurso que desencadeia toda essa consequência, a desigualdade social, oportunidades de trabalho vinculado a programas sociais que atendam as respectivas zonas de ocorrência dos crimes, práticas de esporte e aulas sobre cidadania são algumas fontes inibidoras do ato criminal de adolescente e jovem sem perspectiva de vida ou ligado ao tráfico de drogas. Diante do exposto irei me aprofundar em dois autores de grande importância na sociologia e que gera uma visão mais aberta do conceito de conflitos e criminalidades; Não é novidade afirmar que a Sociologia de Durkheim privilegia os problemas relativos à manutenção da ordem social. Esta preocupação está presente tanto nas formulações metodológicas mais gerais, como no livro As Regras do Método Sociológico (Durkheim, 1978), quanto em conceitos que desenham um diagnóstico acerca da sociedade moderna, como por exemplo, o conceito de “anomia”. No entanto, Durkheim se detém igualmente em fenômenos como o crime e a pena, que dizem respeito aos mecanismos empregados pela sociedade no momento em que alguém desobedece às normas sociais e ameaça a ordem social. Se o crime “ofende certos sentimentos coletivos dotados de uma energia e de uma clareza particulares” (Durkheim, 1978:120), a pena é a reação coletiva que, embora aparentemente voltada para o criminoso, visa na realidade reforçar a solidariedade social entre os demais membros da sociedade e, consequentemente, garantir a integração social. Após os crimes, como o transgressor dos conflitos estaria lidando com a sua pena? De acordo com Foucault, se a prisão permanece é porque apesar das críticas que lhe são dirigidas desde o início (não diminui a taxa de criminalidade, provoca a reincidência, fabrica delinquentes), ela desempenha funções importantes na manutenção das relações de poder na sociedade moderna – na verdade, a principal função desempenhada pela prisão é que ela permite gerir as ilegalidades das classes dominadas, criando um meio delinquente fechado, separado e útil em termos políticos. Muito simplificadamente, a prisão transformaria a criminalidade em uma das engrenagens essenciais da maquinaria de poder disciplinar que permearia a sociedade moderna. Interligada a toda a série de outras instituições disciplinares além das fronteiras do direito penal, toda uma rede carcerária sutil envolveria o corpo social, suporte do tipo de poder próprio do mundo moderno, poder produtivo e múltiplo, imanente às práticas sociais da sociedade disciplinar. Nesse contexto quero concluir que é necessário o conjunto de ações complexas, mais não impossível de lidar com a segurança pública, situações que envolvem desde o executivo, passando pelo legislativo e finalmente o judiciário, cada um desempenhando seu papel na sociedade e gerando mais celeridade nas leis de execução penal brasileiro.

    Referências:


    DURKHEIM, É. As regras do método sociológico. In. Durkheim. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p.71-161. (Coleção Os Pensadores).

    FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1977. 277p.

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  6. Enxergamos atônitos e incrédulos, com esta divulgação dessa pesquisa de opinião, sobre a credibilidade das nossas policias. Sabemos que o trabalho do Policial é árduo, perigoso e estressante, por isso, exige prudência, perseverança, amor a profissão e capacidade de concentração aguçada com equilíbrio e razoabilidade nos seus atos para que não ocorram os deslizes, mas nesse fato, se é como fora pintado, teriam realmente os referidos profissionais a obrigação de intercederem a evento criminosos mesmo que se isso valesse as suas próprias vidas.
    Tal pesquisa altamente negativa, atinge em cheio todas as Instituições policiais do nosso país, principalmente as estaduais, vez que o povo nunca faz distinção entre as polícias. Para a maioria da população a Polícia é uma só e dela todos esperam a proteção devida, conforme estabelece nossa Carta Magna.
    No primeiro momento, da pesquisa, observamos que a sociedade tem um pânico, vamos dizer assim, de ser vitima de assalto a mão armada, e outros crimes, já que não sentimos uma credibilidade plena nas instituições policiais brasileiras.
    No que tange a plena credibilidade nas instituições policias, a metade dos entrevistados acreditam nas policias de nível federal, na esfera estadual a credibilidade cai para quase 1/3 dos entrevistados, externando assim a insatisfação e medo, já que a mídia joga maciçamente, que muitos policiais militares ou civis fazem parte de grupos de extermínios, seguranças privadas e outros trabalhos paralelos.
    Outro fator negativo do povo de não confiar mais na sua Polícia é algumas matérias vinculadas na mídia de envolvimentos de policiais em assaltos e outros atos delinquentes, como aconteceu recentemente nesta capital, onde um sargento da polícia militar do RN foi baleado ao tentar assaltar outro soldado também da PM, no momento que o soldado deixava a namorada em casa, fatos dessa natureza, contaminam mais e mais nossa sociedade com a violência urbana.
    A segurança pública sempre foi esquecida e sucateada através dos anos. As Polícias sempre foram relegadas a plano secundário, principalmente no que tange a valorização profissional dos seus membros. Com raras exceções, poucas conquistas foram alcançadas pelas classes policiais dos Estados brasileiros.
    O tempo passa e com ele a credibilidade perante a opinião do povo vai ficando cada vez mais distante. Há projetos de Emendas a Constituição que se arrastam por anos no Congresso Nacional sem nenhuma solução.
    Com a credibilidade policial em baixa aumentam-se as estatísticas enganosas colocando os níveis da violência urbana em patamares maiores, quando na verdade é o contrário, pois a sociedade deixa de registrar ocorrências simples, como de fraudes, furtos e roubos por não mais acreditar na sua Polícia.
    Com isso os Governos repassam esses dados não condizentes como se verdadeiros fossem para o povo engrandecer as suas gestões de segurança pública e até gastando fortunas com propagandas baseadas em erros, não por números mascarados, e sim em decorrência da falta absoluta de confiança da população nas ações policiais.
    Diante da falta de credibilidade e da perda da confiança nas ações da Polícia com o consequente desleixe estatal para com as instituições policiais, devemos lutar por uma Polícia verdadeiramente forte, por uma Polícia única como ótima opção para solução da delinquência desenfreada.
    Não somos analfabetos políticos, mas devemos sim, lutarmos para uma melhor maquina policial cobrando dos nossos governantes uma melhor estruturação, melhores condições de trabalho e salariais, pois assimilamos uma verdade que não é só nossa e sim da sociedade que clama por uma segurança pública justa e eficaz.
    Finalizarmos com o comentário do cientista político e coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da USP PAULO SÉRGIO PINHEIRO: “é necessário aumentar o relacionamento entra Polícia e a sociedade. O sucesso do trabalho policial depende da credibilidade e da boa imagem que a população tem em relação à instituição”.

    William Marinho Araújo
    William.rn2@gmail.com

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  7. O presente artigo apresenta os recentes índices sobre a segurança pública nas regiões brasileiras, através da Pesquisa de opinião divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Nos resultados finais da pesquisa, é possível identificar o crescente número de brasileiros com sensação de insegurança em relação aos mais diversos tipos de crimes como também em relação às instituições policiais.

    De acordo com Rodrigo Vergara, autor do texto “A origem da criminalidade”, o Brasil vergonhosamente (grifo meu) é considerado um dos países mais violentos da América Latina. E segue da mesma forma em relação à tipificação dos crimes. O texto ainda apresenta a visão dos sociólogos sobre o crime, onde afirma que é a resposta do indivíduo ao meio em que vive. E depende do cruzamento de vários fatores sociais.

    Com base nas afirmações, é importante analisar, olhar por outra óptica, o que leva uma determinada pessoa a cometer determinado ato criminoso? Se fosse possível realizar um estudo/pesquisa aprofundado sobre a vida de quem cometeu um crime, poderíamos entender as razões. Poderia ser a falta de emprego, educação, saúde, etc. Quantos casos são vistos na mídia de mulheres que roubaram remédios, leite, pão, para poder salvar a vida de um filho. Porém, também vemos casos de crimes realizados apenas para alimentar sua “vontade de ser igual”.

    Nossa sociedade é seguidora do capitalismo, onde a cada dia nos é oferecido novidades em tecnologia, moda, moradia, etc. novidades nos mais variados campos, onde somos levados a consumir e quem não possui condições para adquiri-los, utilizam-se da violência. Podemos pensar então, que o crime é um fato social necessário para conhecer determinada realidade social.

    A pesquisa apresentou também como já citado, a insegurança da população em relação às instituições policiais com maiores proximidades ao cotidiano dos cidadãos. Pois quem deveria proteger, muitas vezes comete a violência, consequencia muitas vezes da falta de instrumentos para aperfeiçoamento da categoria. É comum vermos a falta de estrutura física, o número insuficiente de policiais, equipamentos sucateados, ou seja, a falta de investimentos do governo. Tais ausências dificultam a eficiência do trabalho a ser realizado para diminuir os altos índices de criminalidade, que tem como principais causas o tráfico de entorpecentes. Porém, em alguns casos, o estímulo à violência é gerado contra pobres, negros, homossexuais, etc., de forma preconceituosa.

    Mediante o que foi apresentado, é importante analisar a violência de forma ampla, observando as mais diversas situações, pois o crime não surgiu por si só, precisou de um estímulo, e de que forma surgiu este estímulo? Importantes indagações.


    Josileide da Silva Bezerra

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  8. Niedja Lima- Reflexão sobre a insegurança e o crime no Brasil.
    O artigo aborda sobre o clima de insegurança que se instaura na atualidade, com base na pesquisa de opinião divulgado pelo IPEA, grande parte da população brasileira vive com medo de sofrer violência, seja por homicídios, arrombamentos a residência, assaltos. Somando-se a este fato, ocorre também a descredibilidade da população com relação às instituições policiais, devido ao envolvimento de policiais na prática de delitos, corrupção com a criminalidade e atos de violência nas abordagens. O texto de Rodrigo Vergara expõe um fato lamentável e bastante preocupante, aponta o Brasil como um dos países mais violentos da America Latina, que além das consequências geradas para a população, que seriam o estresse, a sensação de insegurança, em alguns casos a perda de entes queridos em mortes violentas, ainda gera um alto custo para os cofres públicos.
    Um outro fator que influencia para a sensação de insegurança da população é a influencia da mídia, com destaque para os programas apelativos, sensacionalistas, que enfocam a violência predominantemente no seu aspecto de delinquência, reforçando a idéia de que a violência está em toda parte, que o mundo é um lugar terrível de se viver.
    A origem da criminalidade porém está ligada aos aspectos estruturais, gerados pela desestruturação familiar, falta de investimentos no social, políticas públicas voltada para os jovens,esporte, lazer, educação de qualidade, desigualdades sociais, dentre outros.
    A família como sendo a primeira instituição na vida do ser humano, tem um papel fundamental para evitar o aumento da violência, visto que a mesma tem o dever de educar, orientar, e instituir valores morais e éticos. O texto de Rodrigo Vergara amplia essa linha de pensamento ao afirmar que, é por meio da religião, da profissionalização, da educação e da família que são transmitidos os valores sociais. Podemos deduzir que, quanto maior seja o envolvimento dos indivíduos com essas instituições sociais tradicionais, menos estarão propensos a entrar no mundo da criminalidade.
    Referências:
    VERGARA. Rodrigo. Origem da criminalidade. Disponível em : http://super.abril.com.br/ciencia/origem-criminalidade-442835.shtml.
    Niedja Lima.

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  9. Geovan Rodrigues Soares18 de julho de 2012 às 20:47

    A pesquisa nos mostra os índices de confiabilidade nas instituições que lidam com a segurança pública no país. Entretanto, a população sente-se pouco segura com os números apresentados na pesquisa, em virtude, do baixo desempenho das instituições em questão.

    Os índices de satisfação dos entrevistados aumenta à medida que a pesquisa refere-se a Polícia Federal, e a Polícia Rodoviária Federal, acreditamos que esta melhora nos índices é inversamente proporcional ao envolvimento direto com a população, ou seja quanto maior for o envolvimento menor será a confiança, confirmando portanto que estas instituições precisam contar com políticas unificadas de Segurança Pública, promovendo cursos de capacitação e reciclagem contínua dos atores envolvidos.

    A pesquisa destaca através dos índices, que as mulheres se sentem mais inseguras, uma explicação para isto seria a característica física deste grupo, onde a fragilidade orgânica deste grupo especifico de pessoas dificultaria a defesa face a uma agressão física. Sendo necessário portanto estratégias diferenciadas em ações de segurança pública para a defesa do grupo em questão.

    Diante do exposto, podemos concluir que a sensação de segurança, depende de vários fatores: educação, local onde se mora, condição social, etc., são fatores que influenciam na percepção da sensação de segurança percebida pela população em geral. Portanto, os números exibidos na pesquisa, nos da uma diretriz para que instituições governamentais possam formar políticas públicas que melhorem as condições sociais da nossa população.



    Geovan Rodrigues Soares Lima

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  10. Meus Caros Ricardo, William, Geovan e minhas Caras Josineide e Nieja!
    Grato pelos vossos comentários...

    First of all, muito me apraz que todos tenham captado a concepção durheimiana do crime e sua função social, bem como seus desdobramentos, que são corroborados por Tereza Caldeira, quando teoriza acerca das diversas formas de manifestações da violência na tessitura social. This way, é forçoso que aprofundemos um pouco mais a problematização sobre como tais condutas são enfrentadas pela sociedade e que resistências e dificuldades as posturas e/ou comportamentos do cidadão comum podem encontrar, em face de alguns fatores que influenciam, significativamente, no fomento (inconsciente) dessa mesma sociedade, produzindo um exército de excluídos (o lupem – que eu nem chamaria de proletariado, pois nem sequer uma ocupação tais indivíduos têm! (Karl Max)) que, na maioria das vezes, não encontram outra saída para sobrevivência, que não seja a violência!
    Nesse sentido, essa resistência, como assevera Caldeira é legítima quando tem como objetivo o bem comum, coletivo, mas a sociedade só tornará isso possível tendo real conhecimento das forças que regem as relações de poder, teorizadas por Foucault. Ou seja, o poder de mudar esse status quo, não está apenas no Estado, através de suas instituições, mas em toda sociedade, pois é a partir de pequenas, ou melhor, de microrelações, que modificamos o nosso cotidiano, e, por conseguinte, inconscientemente, é dado o start inicial para as transformações sociais. Nesse sentido, a sociedade evolui e cria mecanismos de controle e regulação social, para si e suas instituições. Com efeito, quando se trata de instituições criadas pelo Estado e legitimadas pela sociedade, tais normatizações são mais difíceis e suas mudanças são tão paulatinas, que às vezes parecem imperceptíveis aos nossos olhos. No livro “Quem vigia os vigias”, Lemgruber teoriza acerca do surgimento de mecanismos de controle social interno e externo das instituições policiais. Esses mecanismos de regulação datam da metade do século passado, na Europa e nos EUA, tendo surgido no Brasil, por volta dos anos 90. São as chamadas ouvidorias e corregedorias, e ainda na seara do judiciário, o Ministério Público que passa a atuar, efetivamente, como fiscal da lei, pós-promulgação da Constituição vigente. De tudo, algo é realmente fundante nessa concepção, é a participação sempre presente da sociedade, atuando como protagonista das transformações sociais. Esse é, indubitavelmente o fator catalisador (grifei)!

    Referências:
    DURKHEIM, É. As regras do método sociológico. São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Coleção Os Pensadores).
    FOUCAULT. Michel. A microfísica do poder. 8ª edição. Rio de Janeiro: Graal, 1989.
    LEMGRUBE, Julita, Quem vigiar os vigias: um estudo sobre o controle externo da polícia no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2003.
    MINAYO, M. C. S. Social Violence from a Public Health Perspective. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 10 (supplement 1): 07-18, 1994.

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  11. A insegurança e o surgimento da Criminalidade

    Com relação à insegurança e o surgimento da criminalidade, visto que nos dias de hoje, a mídia, TV, rádio, internet, são fatores preponderantes para o surgimento da criminalidade, temos também a inexistência ou pouca ações de políticas públicas voltadas para os jovens. O estado tem que garantir oportunidade de acesso ao lazer, educação, a cultura, esporte e cursos profissionalizantes.
    Tendo em vista, que o surgimento de um fator depende de outro, ou um gera o outro, verificando esses fatores que geram a criminalidade, não existe isoladamente, é um conjunto de relações que se entende para conectar a outros fatores. Podemos ter como exemplo: A educação, saúde, moradia, convívio familiar, desemprego, menor abandonado. Por tanto, vejo que o desemprego é um dos fatores direto com relação a criminalidade, o jovem procura um emprego, objetivando valores para seu futuro na busca de inserção formal no mercado de trabalho, e não obtém sucesso, isso mexe com sua auto-estima o faz pensar em conseguir outra forma de espaço na sociedade, de ser reconhecido, em fim, um indivíduo em formação torna-se mais vulnerável.
    A pesquisa do Instituto Nacional de pesquisas Educacionais (INEP) aponta o Brasil como o segundo país em índice de mortalidade por violência na América Latina, só perdendo para a Colômbia, a maioria dos mortos são jovens entre 15 e 29 anos e são assassinados por arma de fogo, daí a importância em se ter atenções para políticas públicas voltadas para os jovens. Esta geração de insegurança no Brasil, não deixa só de constata que os fatores geradores de insegurança são o crescimento populacional acelerado, a má distribuição demográfica, a falta de planejamento familiar, favela e conglomerados. Mas que também o número de medo do crime está associado à violência da polícia, à sensação de insegurança e aos registros oficiais de violência e mortes, sem deixa de informa que esse é um assunto freqüente em jornais e noticiários.
    segundo Durkheim, o crime é um fato social necessário, pois é indispensável a “evolução normal da moral e do direito” e que “uma sociedade isenta dele é impossível”, principalmente no tipo de solidariedade em que vivemos, a qual ele chama de Orgânica, típica de sociedades capitalistas, onde predomina o caráter absolutamente individualista e onde a divisão social do trabalho é que mantém a coesão social.

    Referências:
    VERGARA. Rodrigo. Origem da criminalidade. Disponível em : http://super.abril.com.br/ciencia/origem-criminalidade-442835.shtml.
    FABRETT, Humberto Barrionuevo. A teoria do crime e da pena em Durkheim: uma concepção peculiar do delito. Universidade Presbiteriana Mackenzi
    Suerde Cosmo - Turma04/2011

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  12. Janiluce Barros

    A matéria do Diário de Natal relata dados de insegurança no Brasil, tendo em vista que independente do gênero ou classe social, este é um fato muito presente na sociedade em geral, levando em consideração que a região Nordeste atualmente lidera com pessoas amedrontadas com a violência. Este fato pode ser ocasionado pela falta de confiança que a população tem nas policias principalmente na Policia Militar e Civil que trabalha fazendo a segurança das ruas diretamente com o cidadão.
    O descrédito das policias pode ser ocasionada pela carência de estrutura física que se tem para trabalhar, como também pela insuficiência de capacitação para os profissionais. Já a credibilidade que a Policia Rodoviária e Policia Federal passa para o cidadão é devido à boa estrutura física, preparação e remuneração que a sociedade conhece que tem essas policias, esses fatores influenciam na atuação do profissional e na avaliação do cidadão.
    O Estado deveria investir mais em politicas publicas de combate às desigualdades sociais e programas para trabalhar a família, tendo em vista que desta forma elas teriam uma maior estrutura emocional e física para educar as crianças e assim diminuir a entrada destas para o mundo das drogas, causadora de uma grande parte da violência.
    Assim sendo, a responsabilidade da violência é de todos, pois os políticos, representantes do povo, são eleitos pelo povo para trabalhar em prol da comunidade.

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  13. Marthina Guedes de Melo

    De acordo com o artigo de 08 de Julho de 2012 do Diário de Natal, foi realizada uma pesquisa pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), sobre Segurança Pública no Brasil. Esta pesquisa se estendeu em todas as regiões do País.
    Podemos perceber que a população brasileira (homens e mulheres) sente-se inseguros, na qual, mostra o percentual da pesquisa que retrata muito “medo” da violência. A mesma independe dos fatores: social, cultural, econômico e entre outros aspectos.
    A violência é considerada um fato social que segundo Durkheim: “é toda maneira de fazer, fixada ou não suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior...” A violência tem característica de generalidade do fato social.
    O artigo nos mostra as seguintes violências: arrombamento, assalto à mão armada, tráfico e consumo de drogas. Para piorar a situação dos brasileiros quase não temos o “apoio das instituições policiais”.
    O texto que refere-se sobre “A Origem da Criminalidade”, do autor Rodrigo Vergara, tem algo em comum com a matéria do Diário de Natal, na qual a violência e criminalidade estão presentes nos textos e mostra insegurança para os cidadãos. Podemos observar que a pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) realizada com dados de 1997, o Brasil ficou em terceiro lugar entre os Países com os maiores índices de assassinatos e de roubo ocupando o quinto lugar.
    O vídeo nos mostra, a vida de milhões de pessoas que estão à margem da sociedade, onde desconhece seus direitos e por não conhecerem, não os procuram. Esta assegurado na Constituição Brasileira, o direito a educação, moradia, emprego, saúde, e ainda políticas públicas para ao apoio da criança e do adolescente, ao idoso, ao deficiente entre outros.
    Além disso, a seca e as enchentes deixa em caso de calamidades inúmeras cidades, demorando as devidas providênciais do Estado para soluções do problemas apresentados.

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  14. Lidiane Sales

    É notório que a questão da segurança pública tem ganhado maior visibilidade na última década no contexto nacional, passando a ser configurada como um dos maiores problemas e principal desafio ao estado de direito em nosso país. É assunto cada vez mais constante nos debates de políticos e especialistas, nos meios de comunicação e na vida cotidiana da população, que se chocam com o altíssimo índice de criminalidade que assola a nossa sociedade, fazendo com que o medo se torne sempre presente em nosso meio.
    Temos que compreender que por trás de um ato de violência (crime), na sua grande maioria das vezes, há uma violência estrutural praticada pelo próprio Estado. E diante desta violência estrutural, praticada pela inércia administrativa do Estado, é possível concluir que em vez de “segurança”, a realidade social revela uma “insegurança” pública, deixando cada vez mais evidente que o modelo de policiamento tradicional não tem conseguido dar o retorno que a sociedade espera no combate à criminalidade urbana.
    Segundo Pereira a ausência de uma cidadania mais plena no Brasil é para onde aponta as especificidades da questão da violência contemporânea entre nós, aliada a uma idéia de impunidade. Já segundo Telles, a pobreza se transfigura em questão de segurança Pública, por conta de uma dramatização da criminalidade que recria a cada momento a imagem ameaçadora das classes perigosas.
    Destarte é necessário atentarmos para o fato de que não podemos conceber a segurança pública como se tratando somente de medidas repressivas e de vigilância, torna-se fundamental executá-la tendo em vista percebê-la como um sistema integrado e otimizado, envolvendo instrumento de prevenção, coação, justiça, bem como as garantias dos direitos, da saúde, e social. Dessa forma o processo segurança pública deveria ter seu início pela prevenção, depois partiria para a reparação do dano, no tratamento das causas e na reinclusão do autor do ilícito na sociedade.
    Observamos que os meios de comunicação tem divulgado de uma maneira crescente o medo que se impregna na sociedade em decorrência dos vários atos de violência cometidos. E segundo Gawryszewski (2009) a resposta muitas vezes advindas das autoridades locais para combater essas barbáries tem sido a construção de uma política de segurança pública revestida de um alto grau de letalidade, tendo como foco principal as populações habitantes de favelas, que sofrem o estigma da criminalização, sendo consideradas como principal foco do tráfico de drogas e da difusão da violência, talvez daí os dados que demonstram a desaprovação e o auto índice de reprovação de atuação das corporações militares em nosso país.
    Refletir sobre violência rejeitando sua base objetiva é cair na mistificação, é centrar a atenção na própria violência (e criminalidade) como fenômeno descolado de suas determinações sociais. A partir desta compreensão, temos que a violência, a criminalidade, são históricas e não devem ser analisadas como um traço de personalidade, ou como característica intrínseca à subjetividade.Requer a compreensão de que a violência é plural, que perpassa todo o tecido da sociedade , sem distinção de classe social, sendo apenas aprofundada pelas mudanças ocorridas em função das transformações econômicas e sociais.

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  15. Sara Karine de Melo Oliveira

    Os dados organizados pelo IPEA, apresentados na edição de domingo - 8 de julho de 2012 revelam como a sensação de insegurança é algo que vem atormentando a população brasileira no decorrer dos anos. O problema reside no fato de que os casos de violência vêm crescendo ao ponto de destacar o Brasil como “um dos países mais violentos da América Latina”, e isso aliada à desconfiança depositada pela população no aparelho policial gera uma série de prejuízos de ordem social e econômica para o nosso país (ROBERTO VERGARA, 2002).
    Ao articular a pesquisa com os textos recomendados, parece-nos que, no Brasil, tanto o controle punitivo legal quanto o controle social informal, cujos valores vêm sendo disseminados pelas instituições sociais tradicionais - religião, família, escola -, têm apresentando uma série de falhas (RODRIGO VERGARA, 2002). Ora, sabemos que contribuem para expandir o sentimento de insegurança social: a morosidade da Justiça e a ineficácia do sistema criminal brasileiro, os quais fomentam o sentimento de injustiça em nossa sociedade e, além disso, soma-se o “jeitinho brasileiro” predominante que procura driblar as normas sociais formais (DAMATTA, 2001).
    A pesquisa também aponta que as sensações de medo e segurança manifestam proporções divergentes entre os gêneros, etnias, classes sociais e populações de distintas regiões do país (RODRIGO VERGARA, 2002). Como foi apresentado no estudo, pessoas “não-brancas” e mulheres, e aqui poderíamos acrescentar outros segmentos que compõem as minorias sociais, como idosos, crianças, entre outros; mostram-se mais inseguras muitas vezes porque estão mais expostas às situações de violência, além do mais, são as que menos podem contar com os serviços da polícia devido a inúmeros fatores - preconceito, pouco prestígio social, muitas vezes, baixo poder aquisitivo, etc.
    Martuccelli (1999) considera que o triunfo da informação sobre a energia decorrente da modernidade trouxe consigo fatores que criaram “novos riscos” sociais, e estes, por sua vez, intensificaram a sensação de insegurança entre as pessoas. Além disso, para o autor, a violência é revestida de uma manta de negatividade, quase sempre associada às classes subalternas, como forma de dissolver o conflito entre classes sociais.
    De acordo com as contribuições teóricas de Émile Durkheim, a violência e suas múltiplas expressões constitui uma espécie de fato social de caráter subjetivo, historicamente determinado em cada sociedade, que representa um dissenso na harmonia da sociedade. Apesar de a violência ser algo que a sociedade não quer vivenciar, Durkheim afirma em seus estudos que a violência/criminalidade não é de natureza patológica, pois possui todas as características da normalidade, dado que a própria vida em sociedade produz as condições necessárias ao seu surgimento. Sendo assim, parte-se do pressuposto de que esse estado social (violência/criminalidade) apenas é denominado de “morbidez social” quando em taxas elevadas, sendo, somente neste caso, um “desvio patológico” no funcionamento do “organismo social”, que necessita ser reparado para devolver à consciência coletiva a reparação do sentimento comum ferido pelo culpado.
    Já Maria Minayo (1994), partindo de uma abordagem dialética, menciona que a violência é um complexo e dinâmico fenômeno biopsicossocial, cujo espaço de desenvolvimento é a vida em sociedade em determinado período histórico. Justamente por sua característica complexa, a violência deve ser analisada em rede a partir de uma condição relacional com os determinantes sociais estruturais.
    Por fim, cabe ressaltar que pesquisas e publicações dessa natureza são de grande relevância para tomarmos como ponto de partida a fim de compreender a complexa e dinâmica realidade atual das expressões da violência e suas consequências para nossa sociedade, bem como as articulações e mediações presentes nesse processo.

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  16. Sara Karine
    REFERÊNCIAS

    DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil Brasil? - 12ª edição - Rio de Janeiro: Editora Rocco LTDA, 2001.
    FABRETTI, Humberto Barrionuevo. A teoria do crime e da pena em Durkheim: uma concepção peculiar do delito. Faculdade de Direito, Universidade Presbiteriana de Mackenzie, s/d.
    MARTUCCELLI, Danilo. Reflexões sobre a violência na condição moderna. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, São Paulo, maio de 1999.
    MINAYO, Mª Cecília de S. A violência social sob a perspectiva da saúde pública. In: Caderno de Saúde pública, Rio de Janeiro, 1994.
    VERGARA, Rodrigo. A origem da criminalidade. In: Revista Superinteressante. Edição 174ª, abril de 2002. Disponível em Acesso: junho de 2011.

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  17. JOSEMAR FIRMINO RODRIGUES.

    INSEGURANÇA E O CRIME NO BRASIL
    Conforme a matéria publicada no DN, editado no dia 08.07., revela a segunda rodada de pesquisa sobre a segurança pública feita pelo sistema de indicadores de Percepção Social realizada pelo o IPEA, registra-se elevados índices de criminalidade em todas as regiões do país, principalmente no nordeste. E em especial o nosso estado que retrata no mapa da violência 2012, e aponta que o ano de 2010 com uma taxa de 22,9 homicídios em 100 mil habitantes, quase o dobro do que registrava em 2004, quando ostentava a segunda menor taxa do país.
    O Mapa da Violência ressalta que a sociedade em geral tem sido tolerante e tem aceitado o alto nível de violência entre mulheres e homens. "Preocupação mais ainda a tolerância e aceitação tanto da opinião pública quanto dos governos das instituições precisamente encarregadas de enfrentar essa insegurança pública. O Brasil convive, tragicamente, com uma espécie de 'pandemia', quase cumplicidade de grande parcela da sociedade, com uma situação que deveria estar sendo tratada como uma verdadeira calamidade social".
    Durante longos anos o nosso estado manteve-se embaixo da linha considerada crítica dos 10 homicídios em 100 mil habitantes. Em 2001, o estado ultrapassou esse patamar, e a partir desse ponto ingressou numa crescente pirâmide de violência. Diz o relatório. Esses dados rotulam a população de forma geral e não só restringindo apenas crianças e adolescentes.
    Segundo ainda a pesquisa mostra que as sociedades de todas as classes sociais se sentem acuadas a mercê dos delinqüentes, da bandidagem, dos fora da lei. Que aterrorizam a população no modu operandi, especificamente em assaltos, estupros, assassinatos, e arrombamentos em residências, onde deixa medo e traumas psicológicos.
    “As análises de crime raramente fazem essas qualificações. Mesmo que muitas vítimas do crime venham das classes mais baixas, as classes médias e altas vêm o crime como um problema que só afeta a elas. Elas vêem o crime como uma ameaça constante das classes mais baixas, consideradas as classes perigosas, que precisam ser mantidas sob controle a qualquer custo. A policia tende a agir como guarda de fronteira do rico contra os pobres e a violência policial permanece fechada na impunidade porque ela é exercida contra essas classes perigosas e raramente afeta as vidas dos bem-de-vida. As políticas de prevenção contra o crime, especialmente aquelas propostas durante o período eleitoral, são menos eficientes em controlar o crime e a delinqüência do que em diminuir o medo e a insegurança das classes dirigentes. A percepção das elites de que os pobres são perigosos é reforçada pelo sistema judiciário que acusa e pune apenas os crimes praticados pelos indivíduos das classes mais baixas enquanto os crimes praticados pelas elites ficam sem punição’’. (PINHEIRO, Paulo Sérgio. Violência, crime e sistemas policiais em países de novas democracias. Tempo Social; Ver. Sociol. USP, S. Paulo, 9(1): 43-52, maio de 1997.
    Resumo: A criminalidade em alta puxa para baixo o índice de credibilidade das instituições de segurança pública nacional. Tornando um fato social bastante vulnerável, deixando a população vivenciar uma situação de anormalidade.

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  18. Ana Raquel Revoredo de Paula20 de julho de 2012 às 19:06

    Ana Raquel Revoredo de Paula

    Reflexão sobre criminalidade e aumento da insegurança na sociedade brasileira.

    O artigo em questão trata a respeito da sensação de insegurança que se encontra instaurada em grande parte do território brasileiro, e toma como referência a pesquisa de opinião divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) referente à Segurança Pública no Brasil.
    Os dados demonstrados na pesquisa revelam que a maior parte dos entrevistados sente muito medo de sofrer assalto a mão armada, assassinatos, arrombamentos a residência e agressões, poucos que opinaram não sentem medo de assaltos. Em relação às mulheres entrevistadas a maioria também compartilha o mesmo sentimento de falta de segurança que os homens. Revela-se também que em cada região do Brasil são altos os índices de violência e assaltos, contudo, a região que mais sofre com a falta de segurança ainda é a do Nordeste (70% dos entrevistados sentem muito medo da violência).
    Em relação à opinião dos entrevistados sobre as instituições policiais podemos verificar que a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, no quesito confiança da população, possuem o maior percentual de aprovação e a Polícia Militar ainda é vista como ineficiente ou intolerante por alguns cidadãos. Sabemos que estes dados comprovam a necessidade de repensar a Segurança Pública Brasileira, visto que, existe um crescente aumento da criminalidade e também da falta de confiança nos agentes policiais. Para amenizar os efeitos da insegurança pública é preciso que o Estado invista na educação dos policiais proporcionando melhor qualidade de trabalho, bem como, reforçar o combate ao crime de maneira justa e igualitária em todas as classes sociais do Brasil.
    Portanto, acredito que ao reforçar a credibilidade na polícia e órgãos de justiça, de maneira que exista respeito aos princípios essenciais de cada indivíduo e punições cabíveis para aquele que infringir as leis, sem existir diferenciação de raça, cor ou poder aquisitivo, com certeza, reduziremos os índices de crimes na sociedade brasileira.

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  19. A INSEGURANÇA E O CRIME NO BRASIL

    A insegurança e o crime é uma realidade global, o que anteriormente estava apenas vinculada aos centros urbanos e a localidades mais pobres vem na contemporaneidade expandindo rapidamente para distintas realidades da sociedade. Neste sentido, a insegurança e o crime podem ser caracterizados, segundo a perspectiva de Durkheim, como um fato social, ou seja, é um fato que “[...] é geral no âmbito de uma dada sociedade tendo, ao mesmo tempo, uma existência própria independente das suas manifestações individuais”. (DURKHEIM APUD FABRETT, p. 03).
    A sociedade, com o altíssimo nível de violência e insegurança pública, se analisada segundo a teoria de Durkheim, pode-se afirmar que estamos vivendo ou seguindo em direção a uma anomia social, que se configura quando os sistemas sociais não mais são capazes de regulamentar a sociedade.
    A reportagem publicada no Diário de Natal de 08 de julho do corrente ano expõe que os Brasileiros temem a assaltos com armas de fogo, assim como mostra o quanto a insegurança pública é a preocupação por grande parte da população, e como esta, a cada dia, convive com o medo e com o risco de ser atingida pelas expressões dessa realidade caótica.
    Nos resultados da pesquisa citada na referida reportagem, temos também a desconfiança de grande parte da população em relação aos agentes públicos de segurança, especificamente aos policiais, no que se relacionam a deficiência em responder as necessidades da população e da forma como estas respostas vem sendo dadas, as vezes sem muita resolutividade e efetividade.
    Para começar a pensar a resolutividade da questão da criminalidade e da insegurança é preciso compreendê-las segundo uma perspectiva de violência estrutural, esta violência é definida por Minayo como: “[...] aquela que oferece um marco à violência do comportamento e se aplica tanto às estruturas organizadas e institucionalizadas da família como aos sistemas econômicos, culturais e políticos que conduzem à opressão e grupos, classes, nações e indivíduos, aos quais são negadas conquistas da sociedade, tornando-os mais vulneráveis que outros ao sofrimento e à morte” (MINAYO, p. 08, 1994)
    A partir do exposto, podemos destacar que para enfrentar a problemática aqui discutida é preciso envolver a sociedade e o Estado numa discussão coletiva e propositiva na criação de estratégias para o enfrentamento das distintas causalidades da violência e do crime, principalmente, as relacionadas diretamente à desigualdade social.

    REFERÊNCIAS:

    FABRETT, Humberto Barrionuevo. A teoria do crime e da pena em Durkheim: uma concepção peculiar do delito. Universidade Presbiteriana Mackenzie.

    MINAYO, Maria Cecilia de Souza. Social violence from a public health perspective. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (suplemente 1): 07-18, 1994.

    VERGARA. Rodrigo. Origem da criminalidade. Revista superinteressante, edição 174ª: abril de 2002.



    SARA DE SOUSA COSTA

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  20. Insegurança e o Crime no Brasil

    Quando se fala em insegurança imediatamente pensamos em violência devido a atingir o mesmo sentimento o “medo”. Muito embora não sejam sinônimos, pois, a violência, muitas vezes, decorre do abuso da força, enquanto a insegurança é a propagação e a manifestação da violência.
    No Brasil a sensação de insegurança vem crescendo de forma assustadora e é considerada a maior do mundo. Não é novidade o debate acerca do tema, noticiários, jornais, Internet diariamente expõe modalidades variadas de crime. É nesse viés que surgem atividades e alternativas para suprir a ineficiência do Estado, como a Segurança privada com cercas elétricas, cães de guarda treinados, carros blindados, condomínios fechados, enfim, arranjos sociais para suprir uma necessidade latente a de garantir “segurança” a sociedade.
    Na reportagem baseada na pesquisa de opinião intitulada “Brasileiros temem assalto com arma de fogo” divulgada pelo Diário de Natal, revela a descredibilidade da sociedade em relação aos agentes que supostamente seriam aqueles que garantiriam nossa segurança.
    “A maioria dos entrevistados discorda que os policiais no Brasil recebem boa formação e são bem preparados" .(1)
    Isso mostra o quanto o Poder Público necessita urgentemente modificar suas estratégias em relação à criminalidade, ou seja, é preciso parar com soluções pragmáticas que tentam controlar seus efeitos sem compreender as causas que levam a esse fato. Significa, implementar políticas preventivas em conjunto com a sociedade civil para intervir de forma eficiente na resolução desta questão que provêm de problemas estruturais e conjunturais.
    Ana Cláudia Ribeiro

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  21. A matéria do IPEA nos trás a tona o sentimento de medo das pessoas que vivem nas cidades brasileiras, muitas vezes ficamos perplexidade diante da brutalidade de muitos crimes, assaltos e homicídios que acompanhamos pela TV, devido a crescente criminalidade a violência urbana tornou-se hoje um tema de debate nacional fazendo uma analise desses dados ,
    As maiores vítimas das violências e homicídios não são os ricos, mas os pobres e excluídos. Os privilegiados economicamente sempre podem contratar seguranças particulares, encerrar-se em condomínios de luxo protegidos ou transferir a família para Miami, como vem acontecendo no Brasil, em decorrência da onda de sequestros. Já os pobres não possuem meios e, em muitas situações, nem sequer podem contar com o poder público para se defender das violências, da polícia, dos traficantes. Comprovando esta realidade, algumas pesquisas revelam o caráter altamente segregado de centros urbanos, como nos casos de São Paulo e Los Angeles, onde os ricos encerram-se em espaços privados, verdadeiros enclaves fortificados para o lazer, trabalho, moradia e outras atividades.
    O processo de mundialização e de globalização trouxe profundas mudanças no sistema mundial. A própria redefinição do papel do Estado e de suas atribuições tradicionais estaria relacionada às transformações decorrentes desse processo. Além da economia, também o crime se globalizou (Sternaling, 1997).

    STERLING, C.A. Máfia globalizada: a nova ordem mundial do crime organizado. Rio de Janeiro, Revan, 1997

    Luamar Cavalcanti de Melo

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  22. A matéria do Diário de Natal do último dia 08 relata uma pesquisa feita pelo IPEA, que expõe o crescimento da insegurança e a violência na sociedade brasileira, questão essa que está sendo muito exposta no Brasil atualmente, pois de acordo com a pesquisa, a sociedade não se sente apoiados pela segurança pública, até mesmo desconfiam da ação dos policiais, em relevância Policia Militar (PM) e Civil, que trabalha diretamente com os cidadãos, a sociedade entende que eles não são preparados, e ainda, não tenham boas condições de trabalho.
    A pesquisa aponta que a maioria dos entrevistados tem “muito medo” de sofrer assalto a mão armada, agressão, e arrombamento a residências, predominando as mulheres. Essa insegurança aumenta, divido as mídias, rádios, jornais, em destaque a TV, que divulga situações que amedronta a população.
    A violência, criminalidade e insegurança estão voltadas com a questão estrutural. De tal modo, para ter uma melhora nessas questões, acredito que os governantes não deveriam apenas investir na segurança pública, com também, na educação, saúde, empregos, combate às drogas, mais empregos, entre outros, voltados principalmente aos jovens, e adolescentes, fazendo com que os mesmos não entrem na criminalidade, no mundo das drogas, diminuindo assim, a violência e insegurança no País e no Mundo.

    Raniclezia Passos

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  23. A violência constitui-se em uma problemática social que atinge os indivíduos em sua maioria, independentemente da sua classe social, sua religião, faixa etária, orientação sexual etc. Atualmente, o que se identifica no Brasil é que o grau de violência só faz aumentar, fazendo que a sensação de insegurança se torne frequente no cotidiano das pessoas que têm medo de sair de casa ao anoitecer, de ir a determinados bairros ou de estarem sós nas ruas ou avenidas.
    É uma situação que interfere diretamente na vida dos indivíduos, pois associada a violência física sofrida, também está a violência psicológica, cujas sequelas são mais difíceis de serem sanadas. Assim, a população brasileira tem os seus direitos garantidos pela Constituição Federal de 1988 violados constantemente, pois a segurança é um dos direitos básicos para se ter uma vida com dignidade. Logo, qualquer tipo de violência, constitui-se em uma violação dos direitos humanos dos indivíduos.
    Vive-se atualmente a sociedade do capital, no qual se valoriza somente os projetos e/ou as ações que de alguma forma gerem lucros para o investidor, se for algo que não tenha esse objetivo, nada se investe. No Brasil, os serviços públicos encontram-se sucateados, no qual não conseguem atender a todas as demandas apresentadas pela população que procura tais serviços.
    As poucas ações realizadas pelo Estado brasileiro através das políticas públicas são efetivadas de maneira fragmentada, precária e desarticulada com as outras políticas sociais, o que faz com que a população não possa ter seus direitos efetivados constantemente. O Estado continua privatizando os órgãos públicos e passando a sua responsabilidade para a própria sociedade civil que tem que pagar para ter acesso aos serviços básicos para a sua sobrevivência, ou seja, está ocorrendo uma mercadorização dos direitos sociais.
    Além de um alto grau violência, a sociedade brasileira contemporânea também se caracteriza por ter um alto grau de desigualdade social, pobreza e desemprego, problemáticas essas todas provenientes das consequências trazidas pela adoção do modelo neoliberal de economia que detém como objetivo principal a constante acumulação de riquezas, independentemente do que venha a causar por suas ações.
    Deste modo, para mudar a presente realidade vivenciada no Brasil é extrema importância que o Estado passe a intervir nas problemáticas sociais que atingem a população a partir da elaboração de políticas públicas universais e integrais que realmente sejam capazes de atender e efetivar os direitos dos indivíduos, e que estes sejam reconhecidos como sujeitos de direitos e que possam viver dignamente.

    Micarla de Moura Lima

    REFERÊNCIAS:

    FABRETT, Humberto Barrionuevo. A teoria do crime e da pena em Durkheim: uma concepção peculiar do delito. Universidade Presbiteriana Mackenzie.

    MINAYO, Maria Cecilia de Souza. Social violence from a public health perspective. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (suplemente 1): 07-18, 1994.

    VERGARA. Rodrigo. Origem da criminalidade. Revista superinteressante, edição 174ª: abril de 2002.

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  24. Andrssa Priscilla S. M. Costa

    O debate e as agendas em torno do tema da segurança pública no Brasil estão, hoje, entre as questões mais importantes quando mencionamos a consolidação dos direitos civis e sociais dos cidadãos brasileiros. Sem dúvida, é possível e necessário estabelecer um debate concreto com um conjunto de atores ligados, direta ou indiretamente ao tema, sejam eles profissionais, gestores, representantes da sociedade civil organizada que, de modo qualificado, buscam alternativas.
    Recente pesquisa do IPEA revela que a confiabilidade na segurança pública por parte dos brasileiros entrevistados é insuficiente, principalmente quando se trata da polícia civil e militar. Cabe-nos refletir sobre o assunto, pois o Estado muitas vezes se ausenta do papel de garantidor da segurança pública e passa muitas vezes a violar os direitos da sociedade que é perpassado desde a falta de condições dignas de trabalho do profissional que trabalha com a segurança até a própria inexistência de estrutura do próprio sistema. Entretanto isso não justifica a postura que muitos profissionais apresentam na sua ação profissional.
    Falar sobre o assunto também exige uma leitura do contexto histórico, social e econômico no qual se apresenta o fato social. Deve-se levar em consideração a foça externa exercida sobre o fato social, assim como também as regras, os costumes, as leis que já estão postas ao indivíduo desde o seu nascimento e por fim a unanimidade que tal fato possui na sociedade.

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  25. Flávia Bevilaqua da C. Vieira

    A matéria do DN desdobra a cerca da insegurança cada vez mais presente em nossa sociedade, o Brasil é um dos países mais violentos da América Latina, e os enfoques sobre a violência são sempre matérias presentes nos meios de telecomunicações, que adentram nossa residência e faz crescer em nós o medo, o pânico, a insegurança.
    A população se torna refém do medo, medo da criminalidade, da violência e, como pontua ainda a matéria, grande parte da população encontra-se com um sentimento de descrença nas instituições que deveriam cuidar da nossa segurança, optando dessa forma por estratégias que possibilitem lhes oferecer a “sensação” de segurança, conduta essa aponta ainda para um possível isolamento social. Como exemplo, o individuo tem buscado as seguranças particulares, colocam cercas elétricas em suas casas, e cada vez mais constante tem procurado residir em condomínios clubes, que oferecem vários atrativos, para que o indivíduo passe boa parte do tempo nesse ambiente, passam ainda com mais frequência a resolverem suas atividades, como compras e transações bancárias pela internet, dentre outras.
    Vivemos numa sociedade capitalista que prega o consumismo desenfreado, em que o cidadão sofre a influencia externa do que é ditado como o padrão a ser seguido, sentindo a necessidade de adequar-se a tais ditames. Todavia sabemos que a distribuição de renda é desproporcional e que temos uma parcela significativa da população que fica à margem da sociedade, vivendo em situações de mendicância, miséria.
    O vídeo nos chama atenção para a miséria social que assola nossa país, não é preciso ir muito longe de nossas residências para vemos tal pobreza, pois elas estão presentes em nossas portas e esquinas, abrangendo desde a criança de colo até os idosos, que vivem em situação subumana, realidade essa que reflete as questões sociais presentes em nossa sociedade.
    Não podemos deixar com isso que caímos no egoísmo que fecha os olhos para as situações de pobreza presentes no mundo. O Estado, e nós sociedade temos nossa responsabilidade para a construção de um mundo mais digno, menos violento, mais seguro. Devemos cobrar do Estado o investimento em políticas que possam ser mais eficientes. Sabemos o quanto é importante que se tenha a qualificação dos policiais, contudo não basta apenas termos bons policiais para coibir a criminalidade, é necessário investir na prevenção de tais crimes. É de suma importância que o Estado invista na educação de qualidade, na saúde e habitação, em oportunidades de empregos, na valorização do profissional, numa política de ressocialização dos detentos, bem como numa eficiente política de combate às drogas.

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  26. Flávia Bevilaqua
    A matéria do DN desdobra a cerca da insegurança cada vez mais presente em nossa sociedade, o Brasil é um dos países mais violentos da América Latina, e os enfoques sobre a violência são sempre matérias presentes nos meios de telecomunicações, que adentram nossa residência e faz crescer em nós o medo, o pânico, a insegurança.
    A população se torna refém do medo, medo da criminalidade, da violência e, como pontua ainda a matéria, grande parte da população encontra-se com um sentimento de descrença nas instituições que deveriam cuidar da nossa segurança, optando dessa forma por estratégias que possibilitem lhes oferecer a “sensação” de segurança, conduta essa que aponta ainda para um possível isolamento social. Como exemplo, o individuo tem buscado as seguranças particulares, colocam cercas elétricas em suas casas, e cada vez mais constante tem procurado residir em condomínios clubes, que oferecem vários atrativos, para que o indivíduo passe boa parte do tempo nesse ambiente, passam ainda com mais frequência a resolverem suas atividades, como compras e transações bancárias pela internet, dentre outras.
    Vivemos numa sociedade capitalista que prega o consumismo desenfreado, em que o cidadão sofre a influencia externa do que é ditado como o padrão a ser seguido, sentindo a necessidade de adequar-se a tais ditames. Todavia sabemos que a distribuição de renda é desproporcional e que temos uma parcela significativa da população que fica à margem da sociedade, vivendo em situações de mendicância, miséria.
    O vídeo nos chama atenção para a miséria social que assola nossa país, não é preciso ir muito longe de nossas residências para vemos tal pobreza, pois elas estão presentes em nossas portas e esquinas, abrangendo desde a criança de colo até os idosos, que vivem em situação subumana, realidade essa que reflete as questões sociais presentes em nossa sociedade.
    Não podemos deixar com isso que caímos no egoísmo que fecha os olhos para as situações de pobreza presentes no mundo. Devemos cobrar do Estado o investimento em políticas que possam ser mais eficientes, que possam nos oferecer um mundo mais digno, menos violento, mais seguro. Sabemos o quanto é importante que se tenha a qualificação dos policiais, contudo não basta apenas termos bons policiais para coibir a criminalidade, é necessário investir na prevenção de tais crimes. É de suma importância que o Estado invista na educação de qualidade, na saúde e habitação, em oportunidades de empregos, na valorização do profissional, numa política de ressocialização dos detentos, bem como numa eficiente política de combate às drogas.

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  27. Lizânia Rodrigues Gomes Ferreira

    Levando em consideração as colocações feitas no artigo aqui exposto e também nos textos estudados, é possível perceber que o aumento da violência, entre outras questões vividas na nossa sociedade, ainda é um tema tratado com temor no nosso país. Consequências essas oriundas da fragilidade que o Brasil tem vivido, ocasionado atualmente pelo imenso desgaste na efetivação do direito a educação, habitação, trabalho e renda, e também no enfrentamento as drogas, o aumento do uso e abuso de drogas, principalmente entre os jovens, que são considerados o futuro da nação, e que tem gerado uma fobia na sociedade. A dificuldade que considero maior para mudar essa realidade, além do crescimento urbano desenfreado do país, é a fragmentação das políticas públicas sociais. Tais políticas existem com o intuito de promover a conquista de direitos sociais, reflexo das lutas enfrentadas pela classe trabalhadora desde as décadas de 90, e que foi comprometido pelo ajuste no caráter organizacional, onde mudanças institucionais implicaram em custos, bem como cortes nos gastos do governo. Diante dessas circunstâncias, os dilemas na integração das políticas públicas no Brasil, foram aumentando, e com eles, a realidade também se modificou. Resultado disso é o baixo investimento público por parte dos governantes, aos profissionais de várias áreas e não apenas nas redes consideradas de Segurança Pública.
    Acredito que, como cidadãos, todos possuem deveres a cumprir, porém, antes disso também possui direitos. E que necessitam ser considerados. A violência sempre foi taxada como um ato muitas vezes impensado, e de forma bem pejorativa, explicada como uma patologia, e que só atingia a população mais pobre. Porém esse olhar tem-se modificado com o crescimento exagerado da criminalidade, e que como temos visto, trata-se de um desvio de conduta que tem atingindo várias classes sociais. Exemplo disso são os atos de corrupção, que por incrível que pareça sempre existiram, mas que hoje, estão sendo escancarados.
    Com base nisso, é que concordo com o pensador Francês e um dos maiores Sociólogos existente até hoje quando ele coloca que:

    “Transformar um crime numa doença social seria o mesmo que admitir que a doença não é uma coisa acidental mas que, pelo contrário, deriva em certos casos da constituição fundamental do ser vivo; consistiria em eliminar qualquer distinção entre fisiológico e o patológico.”

    Porém, considerando a impunidade de alguns dos muitos crimes, é entendível que a sociedade comece olhar tudo que acontece de anormal, e considere normal. O que já podemos considerar como uma atitude explicável, porém, negligente. Tanto da parte da sociedade organizada, quanto do poder público.

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  28. A Crimiladede X Fato Social

    O Artigo publicado pelo Jornal Diário de Natal, no oitavo dia do mês de Julho do corrente ano, nos apresenta uma pesquisa elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), pautando-se na Segurança Pública no Brasil, apontando o perfil de insegurança, uma realidade vivenciado pela população em todo o país.

    Estudos assinalam a Criminalidade como um Fenômeno Social (DURKHEIN, 1897), ao qual, atinge aos individuo em sua totalidade. Logo, é perceptível que a violência se constitui como um fato social, derivado a partir de uma Violência Estrutural, envolvendo o rompimento de fatores econômicos, políticos e culturais; categorias fundamentais no processo de reprodução das relações sociais, porém, ausentes do cotidiano populacional, oportunizando o aumento da violência em toda sociedade.

    Contudo, a violência não está restrita ao dolo e atos de violência física, expande-se a violência moral e simbólica, as quais absorvem as classes subalternas ou em situação de vulnerabilidade, obstante a integração social, bem como ao mercado de trabalho, para tanto, um individuo submerso a exclusão social e a necessidade de ser reconhecido, tornam-se um cenário propício à criminalidade.

    Podemos considerar ainda, como resultado da Violação dos Direitos; as múltiplas expressões da Questão Social, consequência também do conflito entre a relação Capitalismo x Trabalho, tendo em vista que habitamos em um país de complexo grau desigualdade social e um Estado, ainda um tanto omisso, quanto aos direitos fundamentais dos sujeitos.

    Ana Angélica L. da Rocha

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  29. ESTELA RODRIGUES OLIVEIRA DA SILVEIRA

    Concerteza, o estudo estatístico realizado pelo IPEA, publicado pelo Diário de Natal em 08 de julho do corrente ano, é mais um dado que legitima a sensação de insegurança pública na qual vive, atualmente, a população brasileira. É um contexto de insegurança e violência que, segundo a perspectiva teórica de Durkheim, segue para um processo denominado de, anomia social, o qual define os sistemas sociais como não mais capazes de normatizar a sociedade. Tanto que, os indicativos de percepção social, apontados pelos entrevistados, são de maneira geral pejorativos; no concernente ao próprio indivíduo, tendo em vista que, o percentual dos que não sentem “nenhum medo” é baixíssimo, se considerando os dados de homens e mulheres. E no que diz respeito à análise realizada com relação às instituições policiais, o quesito “confia muito” teve como resultado números preocupantes, uma vez que: “apenas a Polícia Federal (PF) teve índice acima de 10% na resposta "confia muito". As polícias civis e militares dos estados, polícias com os maiores efetivos e mais próximos do cotidiano dos cidadãos, atingiram apenas 6% das respostas "confia muito". Cerca de 9% disseram "confiar muito" na Polícia Rodoviária Federal (PRF)”.
    Os dados relevam em si, o grande percentual de descredibilidade que se encontra instalado no cotidiano dos brasileiros, e nos faz pensar de que forma, a situação da segurança pública no Brasil chegou a esse ponto. Segundo D’urso, esse processo é resultado da progressiva ausência do Estado de Direito, que deixa de fornecer à população, direitos básicos, como escolas, hospitais, lazer, saneamento básico e etc. para que as pessoas possam viver com dignidade. Com isso, é possível perceber que se trata de uma questão macro que consequentemente promove o desencadeamento de várias problemáticas sociais, como a violência, a criminalidade, o tráfico de drogas, de armas e etc. os quais, segundo Durkheim, são reconhecidos como fatos sociais, pois são aqueles que: “[...] é geral no âmbito de uma dada sociedade tendo, ao mesmo tempo, uma existência própria independente das suas manifestações individuais”. (DURKHEIM APUD FABRETT, p. 03).
    Todo esse quadro de violência nos faz refletir se a situação que se encontra a sociedade brasileira hoje, tem alguma solução ou se cenário é irreversível. De acordo com Oliveira, ''Não existe uma medida mágica e eficaz, que possa representar a solução para o problema. O que existe são medidas que conjugadas, poderão resultar numa reação ao crime organizado, enfrentando-o." (D'URSO. 2002, p. 8). Essa conjugação faz menção ao combate a corrupção nas organizações públicas ; do rompimento da polícia com o crime; da ampliação de um policiamento preventivo, fardado, ostensivo e investigativo; da ofertado de recursos materiais e meios para investigação, além de uma tecnologia mais avançada, podem ser citados como exemplos. É necessário também, uma boa gestão, pessoas que entendam de segurança pública na direção das secretarias.
    Porém, não só essas medidas se tornam suficientes como já foi tratado, as políticas sociais, nos seus vários âmbitos, se tornam imprescindíveis na perspectiva de mudança por uma sociedade não só mais segura, mas também mais justa, igualitária, e que torne a acessibilidade aos bens e serviços, realmente possível, para aqueles que por determinadas circunstâncias sociais são levados a marginalização, ao crime por falta de alguma ou de maiores oportunidades.

    Referências Bibliográficas:

    D'URSO, Luiz Flávio Borges. A segurança pública no Brasil. In: Revista Jurídica Consulex. Rio de Janeiro, Ed. nº 141, ano VI p. 52-53, NOV 2002.
    FABRETT, Humberto Barrionuevo. A teoria do crime e da pena em Durkheim: uma concepção peculiar do delito. Universidade Presbiteriana Mackenzie.
    OLIVEIRA, Maria Elcimar de. O problema da Segurança Pública no Brasil. Disponível em: http://www2.forumseguranca.org.br/node/22071/.

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  30. Analisando o resultado da pesquisa feita pelo IPEA e divulgada pelo DN no ultimo 08 de julho de 2012 , fiquei me perguntando a forma como foram realizadas tais perguntas. Pois se alguém me perguntar simplesmente se tenho medo de ser assaltada, ter minha casa roubada ou outro tipo de violência, acredito que não só eu como a maioria sempre responderá positivamente, chego a questionar a indiferença de 10% que respondeu o contrario, que não tem medo e encararia com coragem....
    No entanto, a resposta positiva para tal questionamento, seja ele induzido ou não, traduz um sentimento generalizado de insegurança, pois à medida que os crimes em algumas localidades ocorrem, com crescimento expressivo em determinados estados, casos locais e nacionais ganham destaque, com doses homéricas de sensacionalismo nos nossos meios de comunicação, e assim um sentimento que hora era isolado ao ambiente onde o fato aconteceu, ganha expressão até mesmo onde raramente ocorre.
    E é desse sentimento generalizado de insegurança e Segurança que mais aflige a Sociedade e Estado, pois de nada serve, residir, circular em ambientes tranquilos se o medo persistir, como o contrário também preocupa, pois é corriqueiro observar a naturalidade de alguns habitantes de comunidades extremamente perigosas, circularem tranquilamente, convivendo e se expondo mais ao perigo.
    A pesquisa também focou, com o seu questionamento acerca da confiança na Policia, na resolução única para combater a criminalidade, a inoperância do Estado foi relacionada e resumida apenas aos aparelhos de força armada, encarados sempre como mais coercitivo e punitivo, destacou apenas o papel punitivo da policia como sanção do crime, desprezando as funções educativas e preventivas que os aparelhos Estatais devem oferecer.
    Segundo Durkheim o crime é um “fato social” como também “.. um agente regulador da sociedade...” analisando por esse prisma, é possível considerar que, em nenhum momento da pesquisa, o crime foi tratado como um “fato social”, no sentido de que este pode ser visto também como um termômetro da sociedade, através da análise da motivação de quem o pratica, do número expressivo de praticantes destes crimes ou simplesmente da facilidade em pratica-los.
    A violência citada na pesquisa não teve seu cariz analisado sob a ótica estrutural e seus desdobramentos, vista aqui como a violência que produz desigualdades pela concentração de renda a que nega o acesso aos direitos socioeconômicos, políticos e culturais de cada cidadão seja ele considerado cidadão ou o que vive e viverá sempre a margem da sociedade O SR MARGINAL.

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  31. 20 de Julho de 2012, RejaneTargino (comentário)
    Atualmente o Brasil vivencia um momento de muita insegurança pública, pois o “crime” de um modo geral vem crescendo e fazendo com que este país, chegue a ser considerado um dos países mais violentos da América Latina. Desse modo, de acordo com a matéria do Diário de Natal do último domingo dia 08 (oito) de julho, a qual expõe a pesquisa do IPEA a cerca da violência, se percebe que a sensação de insegurança da sociedade é cada vez maior. Algo, que se torna ainda mais preocupante, pois os órgãos de proteção social, que eram para exercer o controle social, acabam não exercendo muitas vezes, por falta de condições de trabalho.
    Nessa premissa, é importante ressaltar que os índices de criminalidade vem crescendo, devido ao aumento da “violência estrutural” a qual é decorrente das estruturas organizadas e institucionalizadas da família como aos sistemas econômicos, culturais, sociais e políticos. (MINAYO,1994).
    Segundo Émile Durkheim: Os laços sociais são as normas que todos aprendem a respeitar, os quais mantêm uma sociedade unida. (...) No entanto, quando essa relação se encontra bastante fragilizada, seja pela: extrema pobreza; falta de saúde; educação; assistência social; cultura e segurança. Os indivíduos acabam praticando algum “crime”, como forma de dar visibilidade a algo que anda errado, ou que precisa ser melhorado.
    Nesse sentido, pode-se afirma que o “crime” é um fato social, pois podemos abstrair dele três característicass: A Coercibilidade; a qual pode ser entendida como uma força que leva os indivíduos a agirem de determinado modo, de acordo com os próprios fatos sociais; A Exterioridade: onde o individuo é obrigado a aceitar algo já determinado ou posto, nesse momento, o individuo não tem o direito de opinar e por fim A Generalidade: a qual pode ser designada como algo em comum, que acontece em todos os lugares. (DURKHEIM, 1895).
    Portanto, entende-se que com as desigualdades existentes, a alienação do trabalho e nas relações, o menosprezo de valores, o consumismo, o culto à força, etc. acabam gerando ainda mais delinquência, um exemplo disso é a questão da mídia (televisiva), a qual influência toda uma população que usufrui desse meio de comunicação. Porém, o que acontece é que as emissoras muitas vezes apelam para programas sensacionalistas e pornográficos o que afeta diretamente a concepção dos indivíduos mais vulneráveis da sociedade. (MINAYO,1994).
    Enfim, acredita-se que para que haja uma mudança na atual realidade Brasileira, referente à insegurança publica, se faz necessário, que haver mais investimentos em todas as áreas da sociedade. Trabalhando principalmente numa perspectiva de prevenção das mais diversas formas de violação de direitos; capacitando os profissionais das mais diversas áreas da rede de proteção e em especial a seguraça; ofertando assim serviços de qualidade e com boas condições de trabalho.
    REFERENCIAS:
    • DURKHEIM, É. As regras do método sociológico. In. Durkheim. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p.71-161. (Coleção Os Pensadores).
    • MINAYO, M. C. S. Social Violence from a Public Health Perspective. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 10 (supplement 1): 07-18, 1994.

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  32. De acordo com a matéria do Diário de Natal, uma pesquisa de opinião realizada pelo IPEA revela que é alto o medo da violência no Brasil e baixa à confiança nas polícias que combatem os crimes mais próximos do cotidiano do cidadão. É importante salientar que a violência e a criminalidade aumentando provocam nas pessoas o sentimento de medo. Hoje no Brasil, vive-se com medo de tudo: do trânsito, de assaltos, de sequestros, de pedófilos, de moradores de rua, medo de ter medo, depressão, angústia, síndrome do pânico, aliado a tudo isso temos a descredibilidade da sociedade civil na polícia, onde a maioria dos brasileiros afirma que os policiais do Brasil não “recebem boa formação”, ou seja, não são bem preparados para atuar frente à criminalidade.
    Diante das afirmações procuramos cada vez mais descobrir quais as principais causas da criminalidade e o que leva um individuo a cometer um crime?
    De acordo com Rodrigo Vergara, autor do texto “A origem da criminalidade”, há quem procure as causas do crime no indivíduo que o comete, já outros vê na sociedade a causa das mazelas do mundo, precisamos antes de tudo entender qual é a origem dos crimes no Brasil e o que nós sociedade (família, igreja, escola, etc.), órgãos de segurança e operadores da justiça poderíamos fazer para resolver esta situação.
    VERGARA. Rodrigo. Origem da criminalidade. Revista superinteressante, edição 174ª: abril de 2002.

    CAMILA RODRIGUES MENDES

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  33. Anna Karollyne Ferreira Lopes21 de julho de 2012 às 23:37

    Caro Professor Batista,

    Apesar de não ter participado da aula em virtude de trabalho, pude ter acesso aos textos, bem como ao artigo postado acima. Observando os mesmos, é possível tecer alguns comentários acerca da violência e da criminalidade, tão em voga nos tempos atuais.

    A abordagem de DURKHEIM sobre o assunto nos chama atenção em vários aspectos, dentre eles que a “anomia” ou ausência de leis se apresenta quando os sistemas sociais não são mais capazes de regulamentar a sociedade, de dar-lhe freios. Além disso, ele não dava aos crimes um caráter patológico, mas sim os qualificava como fatos sociais, dentro da normalidade em virtude de sua generalidade, se apresentando em todas as sociedades e estando estreitamente ligado às condições da vida coletiva. Nestes termos, os criminosos assumem o papel de “agentes reguladores da vida social”, para exemplificar ele usa o exemplo de Sócrates diante da justiça ateniense. Na verdade, é como se o crime fosse elemento fundamental para o surgimento de transformações que iam se tornando necessárias. Ele apenas dava aos crimes caráter patológico, quando estes estavam muito acima ou muito abaixo das taxas habituais da sociedade estudada.

    Não obstante, os dados apresentados pela pesquisa do IPEA, vistos aqui através de matéria do jornal Diário de Natal, determinam esta “anomia” esta sensação de insegurança e ausência de leis vivenciada pela sociedade brasileira, gerada dentre outros fatores pelas relações sociais perversas do modo de produção capitalista, pela ineficácia das políticas públicas e pelo fracasso de modelos arcaicos de coerção social.

    Considerando o posicionamento de VERGARA, que afirma que muitos dos brasileiros, mesmo sem nenhuma perspectiva de melhoria de vida, não saem por aí roubando ou matando, justamente porque o que manteve estas pessoas na linha foram regras informais que, em geral, foram herdadas da família, da escola ou da religião, como obter esta espécie de “freio”, quando não se possui referência familiar ou quando não se frequenta a escola ou a igreja? Quando a realidade é relegada apenas à privação, exclusão e opressão? Mesmo pressupondo que os crimes existem em todas as camadas sociais, é importante observar que os indivíduos mais pobres envolvidos com a violência e criminalidade são também suas vítimas diretas e que as precárias condições de vida e desestruturação familiar presentes desde a mais tenra idade, expressões nefastas da questão social e resultado da produção e reprodução das relações sociais, têm determinado quem não vai seguir as regras e possivelmente viver uma realidade paralela, a única na qual poderão ser inseridos pela própria exclusão.

    FABRETT, Humberto Barrionuevo. A teoria do crime e da pena em Durkheim: uma concepção peculiar do delito. Universidade Presbiteriana Mackenzie.

    VERGARA, Rodrigo. Origem da criminalidade. Revista Superinteressante, Edição 174ª: abril de 2002.

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  34. Maria Conceição Xavier27 de julho de 2012 às 20:25

    Conceição Xavier
    Violência x Segurança

    Diante do artigo do Diário de Natal datado de 08 de julho do corrente ano, onde ficou evidenciado para todos que a violência e criminalidade sempre farão parte da convivência humana, o que se procura é evitar que seus índices cheguem a uma situação insustentável, a ponto de impedir a garantia do Estado Democrático de Direito. A criminalidade é um fenômeno social, já identificado assim no final do século XIX. O clamor social pelo combate à violência e a criminalidade passou a se intensificar a partir do momento em que começou a incomodar as classes privilegiadas desta sociedade desigual. As pessoas acabaram buscando a informalidade que, por conseqüência, acabou gerando violência e aumento da criminalidade. É o ciclo do crescimento desordenado. Algumas instituições permaneceram sem acompanhar a evolução da sociedade, perderam sua própria identidade, algumas chegaram a ser extintas. Atualmente, mesmo buscando a inclusão social, o controle da criminalidade vai se dever à atuação do Estado. Vivemos a chamada “democracia radical”, onde o cidadão não transfere a responsabilidade para os políticos, ele mesmo a assume. Partindo da tese de Durkheim (1978) para quem nenhum ser humano nasce criminoso, e se assim se transforma é porque o meio teve grande participação, é inegável que políticas públicas de prevenção ao crime e a violência devem ser iniciadas junto às crianças, pois estas serão os sujeitos criminosos do amanhã, e muitas vezes como vemos, até mesmo do hoje. E assim o é, uma vez que as crianças estão abertas a receberem todas as informações possíveis e são extremamente sugestionáveis, sobre isto comenta o autor citado: "A consciência não contém ainda senão pequeno número de representações, capazes de lutar contra os que lhe são sugeridos; a vontade é ainda rudimentar. Por isso, é a criança facilmente sugestionável. [...] realmente, só uma cultura amplamente humana pode dar às sociedades os cidadãos de que elas têm necessidade”. Os problemas relacionados com o aumento das taxas de criminalidade, o aumento da sensação de insegurança, sobretudo nos grandes centros urbanos, a desigualdade social, a degradação do espaço público, a ineficiência preventiva de nossas instituições, a superpopulação nos presídios, rebeliões, fugas, degradação das condições de internação de jovens em conflito com a lei, corrupção, aumento dos custos operacionais do sistema, problema relacionados à eficiência da investigação criminal e das perícias policiais e morosidade judicial, entre tantos outros, representam desafios para o sucesso do processo de consolidação política da democracia no Brasil e nosso Estado, como bem mostra outro artigo de Diário de Natal on line datado de 20.01.12 onde o Rio Grande do Norte está na 19° colocação no ranking dos estados brasileiros com o maior número de homicídios a cada 100 mil habitantes. O estado potiguar, que no ano 2000 ocupava a 24º posição, com uma taxa de 9 homicídios para cada 100 mil habitantes, viu a violência mais que dobrar, alcançando em 2010 uma taxa de 22,9 homicídios para cada 100 mil habitantes, um percentual de crescimento de 154%. Devemos cobrar do nosso Estado que priorize a Educação para as nossas crianças e adolescentes, uma qualidade de vida para todos e principalmente que com relação as nossas Policias (Civil e Militar) dando condição de trabalho com dignidade, para o bom desempenho do valioso trabalha de cada uma, para que todos, Estado e sociedade abaixem esses índices alarmantes que estão em mídias diariamente.

    .

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  35. Adriana Cardosso- Facex turma de assistência sócio-jurídica.31 de julho de 2012 às 11:48

    Caro professor, em primeiro, desculpe pelo atraso desse comentário, pois estou grávida, internada e correndo um risco em decorrência de minha pressão estar alta e ter diabetes...
    Em relação ao meu comentário serei breve e pontuarei alguns pontos que considero como determinantes em qualquer tipo de violência, em especial a violência mais sutil e mais frequente que a social.Se pensarmos que todos nós, seres humanos levamos essa nomeclatura por intimamente termos sensibilidade, esta é uma teoria, que entretanto, na prática comprendemos que necessitamos ser mais humanos. Entender que o problema do outro também futuramente pode e com certeza será o nosso, uma vez que a sociedade embora mutável é cíclica, então partindo dessa premissa, não é cabível tão somente ao sistema como um todo: digo o estado, ou a sociedade fazer a sua parte, tendo em vista que somos os constituintes dessa própria sociedade, mesmo excludente. O pior tipo de violência que podemos cometer é com nós mesmos, ou seja, é quando de uma certa forma somos intuidos a desistir de pensar de ter sonhos, pois é assim que a sociedade moderna nos quer. Baseado nesse contexto de indignação faço uma pergunta retórica, dominamos todo tipo de máquina, mas jamais dominaremos a mente humana em sua plenitude, mesmo que essa, em sua prática faça o que é imposto pela sociedade mas em sua mente não condiz.Acrescentando que por sermos seres totalmente sociais, que requer a aprovação e reprovação de outrem passamos a contribuir de certa forma para o aumento dessa violência e nas mais variadas formas, especifico aqui a de cunho social, pois na verdade toda e qualquer condição de igualdade ou desigualdade do sujeito interfere diretamente em seu pisique, em seu comportamento, em outras palvras, nas atitudes que tomará daqui para frente,indeendendo de ser positiva ou não, de reproduzir ou não essa violência. A tpítulo de uma simples sugestão, é pertinente investir a fundo na educação, visto que é abase de todo p´rocesso formativo do sujeito e quando essa base se consolidar como forte, os âmbitos por seguinte: sociais, morais, emocionais, políticos serão consequência dessa construção.

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  36. Bonjour toute le monde!

    Muito bons os últimos comentários de: Suerde, Janeluce, Matina, Lidiane, Sara Kaline,Josemar, Ana Raquel, Sara Costa, Ana Claúdia Ribeiro, Luamar, Raniclezia, Micarla, Andressa Priscila, Fávia Vieira, Lizânia, Ana ângela, Estela, Karla Brito, ReJane Targino, Adrina Cardoso, Ana Karolline e M@ Conceição Xavier.

    Uns com mais fundamentação teórica do que outros, mas o importante é participa!

    À bientôt.

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  37. GREVE DA PF
    A matéria da Folha de São Paulo revela a situação caótica em que passa a nação Brasileira com a greve dos Policiais Federais. É justa a greve? Sim. Legalizada através do Art. 9ª da CF 88, sendo exercida nos termos e nos limites definidos em lei específica. Tem causado todo esse transtorno, pois constitui atividade essencial e que atende a necessidades inadiáveis da população que fica no meio do fogo cruzado Estado x PF.
    Pagando o maior preço com essas reinvindicações e não tendo os seus salários aumentados à população, que através dos impostos pagos, paga o salário singelo dos policiais federais, vivência mais um alargamento da insegurança. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, que deve ser exercida para a preservação da ordem pública... como preconiza o Art. 144, através da greve dos policiais federais tem revelado uma desordem pública e uma falta de respeito pelo cidadão.
    Essa situação eleva mais ainda a sensação de insegurança vivenciada pela população, pois as áreas que precisam ser cobertas pelos policiais ficam a mercê de qualquer bandido, entre elas as de fronteiras como a principal “Ponte da Amizade”, como mostrado essa segunda-feira pelo Jornal da Globo, que sem a operação-padrão tão costumeira na prática diária dos policiais, dão espaço para entrada no país de todo o tipo de produtos ilegais, como drogas, armamentos e medicamentos.
    O Estado como responsável pela Segurança Pública, tendo a dificuldade de negociação com o sindicato da categoria, usa como arma para abolir a greve o desconto dos dias parados, levando-os a se revoltarem mais ainda e penalizar a população, independente de gênero ou classe social, que como cidadão de direito, vê o seu direito de ir e vir (CF 88 Art. 5. XV) ameaçado, não só pela demora ou atraso, mas pela insegurança, desorganização, confusão estabelecida.
    Se os policiais federais que estão tão apegados as suas convicções param suas atividades e reivindicam aumento salarial, o que não dizer dos militares e civis, que vivem realidades mais duras, em condições de trabalho deploráveis, salários baixos, pouca qualificação e contexto social perigoso, violento. O que têm eles a reivindicar?
    A falta de politicas públicas sérias e comprometidas com a ética, moral, com a nossa Carta Magna- CF 88- leva-nos a perguntar aonde chegaremos? Se com tanto desenvolvimento tecnológico, tanto saber, com uma qualidade de vida melhor se comparada há 20 anos atrás, ainda nos encontramos muito atrasados e com milhares sem acesso a uma vida digna, nem com o direito a viver, que está sendo tirado de nós todos os dias por nada.
    Como diz Roberto DaMata (2001)com esse “ Jeitinho Brasileiro” iremos longe, só não sabemos AONDE, pois esse jeitinho nos é mostrado todos os dias na mídia através das práticas dos nossos governantes(alguns) e também dos profissionais (alguns) diversos. Mídia essa que enaltece e também abate.


    Carmem Silvia Bezerra de Melo
    Assistente Social-CDR Parnamirim
    Pós Assistência Sócio-Jurídica e Segurança Pública-FACEX

    REFERÊNCIAS:
    BRASIL. Constituição, 88.
    DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil? - 12ª edição - Rio de Janeiro: Editora Rocco LTDA, 2001.
    SHIRAIWA. D. PF faz operação-padrão em aeroportos de sete Estados e do DF. Folha de São Paulo. São Paulo, p.3, 16 de Agos. 2012.



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