terça-feira, 31 de julho de 2012

Previsão da segurança pública na Copa 2014

Saudações Caríssimos!


Segue logo abaixo uma matéria do DN, desta terça (31), que trata do ponto de vistas das autoridades governamentais e o das entidades representativas dos funcionários da segurança pública estadual.

Vale a pena conferir e tiramos nossas próprias conclusões, inclusive participando mais ativamente desse processo, visto que como preceitua a atual CF/1988: " Segurança pública dever do estado, direito e responsabilidade de todos".

Nesse aspecto, diga-se de passagem, a sociedade brasileira porta-se de maneira, significativamente apática!




Copa sem reforço policial
Dificuldades financeiras e falta de tempo para formação empacam concursos para segurança pública
Paulo de Sousa
Erta Souza

Entre os legados possíveis da realização da Copa do Mundo de 2014 na cidade, a população de Natal esperava que houvesse investimentos para aumentar o efetivo policial. No entanto, até então não foram anunciados concursos para a área da Segurança Pública pelo Governo do Estado. O secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Aldair da Rocha, admite que não há previsão da realização de novas seleções para a área pelo fato das finanças do executivo estadual estarem ainda no limite prudencial. Entidades representativas dos policiais reclamam que o efetivo atual é insuficiente e alertam para a impossibilidade de formar novos agentes de segurança por falta de tempo hábil. Governo já estuda pedir reforço de policiamento a outros estados durante o evento.


Sem perspectiva de novas seleções, governo estadual estuda pedir ajuda da Força Nacional ou pagar diárias operacionais. Foto: Eduardo Maia/DN/D.A Press
O soldado PM Roberto Fernandes, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar (ACSPM) chama a atenção para o fato de o efetivo da corporação, previsto em lei, ser de 14 mil policiais, mas que existem apenas cerca de 10 mil atualmente. Para ele, o simples preenchimento das vagas previstas já seria o suficiente para atender a demanda da Copa em Natal. "Mas não estamos vendo iniciativas para a abertura de concursos. Dessa forma vão acabar sobrecarregando o efetivo, tendo de trazer gente do interior do estado".

O tenente-coronel Zacarias Mendonça, presidente da Associação dos Oficiais da PM/RN, destaca ainda para a possibilidade de não haver tenentes suficientes para coordenar as equipes de policiamento durante o evento. "Se as progressões da nossa Polícia acontecerem dentro do previsto, ao chegar na data da Copa, contaremos com 20 tenentes apenas em todo o estado. E policiais nessa patente são essenciais no trabalho operacional, pois são aqueles que atuam direto no policiamento". O problema, segundo Mendonça, é o fato de o curso de formação de tenentes durar três anos, ou seja, não há mais tempo hábil para formá-los.

O mesmo problema de formação de policiais pode acontecer para os soldados, segundo Roberto Fernandes. A média nos últimos anos é de se formar mil a cada seis meses. Assim, também não atingiria o ideal até a Copa. "Pode-se aumentar as turmas, mas isso não seria interessante. Porque a qualidade da formação seria pior, pois é preciso um número menor de alunos por turma para ter um melhor acompanhamento e, então, formar profissionais melhores para atender a população".

A situação da Polícia Civil é ainda pior, segundo o agente Djair Oliveira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol/RN). Sua opinião é a de que o necessário para a Copa também seria cumprir o que está previsto em lei, ou seja, um efetivo de 4 mil policiais. "Isso é o que daria para amenizar a situação". Contudo, atualmente só existem cerca 1.300 policiais civis, conforme Djair. O presidente do Sinpol explica que formação de novos policiais também fica prejudicada, pois o governo ainda tem cerca de 400 que esperam ser nomeados e outras 300 pessoas aprovadas no último concurso ainda para fazer o curso de formação."Só então é que se poderia fazer um novo certame".

Efetivo enxuto
O quantitativo do reforço policial necessário para a Copa, nas contas de Aldair da Rocha, é mais "enxuto" que o repassado pelos sindicatos. Segundo ele, bastaria um reforço diário de 1.500 policiais militares e 300 civis nas proximidades da Arena das Dunas. Mesmo assim, ele afirma que o planejamento para garantir esse reforço não está sendo feito pensando-se em novos concursos, mas usar o efetivo que já existe. O secretário ressalta que novos certames não estão sendo autorizados pelo governo devido o limite prudencial com a folha de pagamento de pessoal. "Diante do difícil quadro que o Estado se encontra, fica difícil se pensar nisso, pois ficamos dependendo do desenrolar do orçamento para abrir concursos".

Dessa forma, as alternativas que estão sendo estudadas pelo governo será a convocação de policiais de folga com pagamento de diárias operacionais, tal como é feito no Carnatal. Outra opção é, segundo Aldair da Rocha, o pedido de reforço deefetivo de estados que não terão jogos da Copa, tal como é feito com a Força Nacional. "Essa é uma alternativa que está sendo discutida com o governo federal. E não haverá maiores custos para o estado, uma vez que, como na Força Nacional, tudo deve ser pago pelo governo federal". 

+ Mais 
Mais de 700 PMs estão cedidos a outros órgãos

Voltaremos a discussão!

A bientôt!

sábado, 28 de julho de 2012

Programa de liso!!!!!

Para quem acha que programação de qualidade tem que gastar dinheiro, segue logo abaixo duas dicas inteiramente grátis de muita cultura e diversão!

Afinal, a gente não quer só comida! A gente quer comida, diversão e arte!e



Beco da Lama // SAMBA, 18 anos


Solteira e amada por todos os boêmios do Centro Histórico de Natal, a Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências - SAMBA - chegou à maioridade ao completar 18 anos em 2012. Fundada em 1994 no balcão do bar do Nasi, na rua Dr. José Ivo, a entidade foi criada para reunir os frequentadores do Beco da Lama em torno da luta pela preservação da cultura e do patrimônio do Centro Histórico de Natal. Para comemorar a data em grande estilo, a atual diretoria da SAMBA promove neste sábado, a partir das 12h, na mesma rua dr. José Ivo onde tudo começou, a Festa da Maioridade. O evento vai reunir música, teatro, dança, fotografia, poesia e homenagens.

A programação começa às 12h com uma exposição fotográfica coletiva dos fotógrafos que registraram o Beco da Lama durante os últimos 18 anos. A abertura oficial fica por conta dos 'Tambores do meio-dia'. Em seguida, a superintendente do IPHAN, Jeanne Nesi, participará de um debate com os frequentadores da Cidade Alta sobre a importância do tombamento do Centro Histórico de Natal como patrimônio cultural brasileiro.

A festa segue com apresentação de um trecho da peça Gota D'água, de Chico Buarque de Holanda. A interpretação especialíssima é do ator João do Vale. A poesia ganha espaço logo depois com o recital de poemas de Antônio Francisco através da performance da atriz Eliene Albuquerque. Em seguida, os dançarinos Matheus e Natália Rodrigues caem no samba para mostrar que ali no Beco da Lama ninguém é ruim da cabeça nem doente do pé. É o abre-alas para a programação musical que começa com a apresentação do grupo Chorões do Asfalto.

Finda o chorinho, a turma ganha um fôlego de 30 minutos porque é hora de homenagear entidades e personalidades que fizeram parte da história da SAMBA. Por conta da data, foram escolhidas 18 pessoas, símbolos desta maioridade, mesmo sabendo que muito mais gente fez parte desta história. Após a rápida cerimônia, o Balalaika Brega Band reabre os trabalhos musicais. E tudo termina no samba do Nós do Beco, já na boca da noite. 



CIA ANIMÉ (PE) - As Levianas em pocket show

A banda de palhaças apresenta seu irreverente “Pocket Show”. Inspiradas em pérolas da música brasileira e internacional, As Levianas recriam não somente canções, mas também tipos de cantoras e cantores que através de suas personalidades, vozes e melodias marcam a história da música.

Mary En (Enne Marx), Baju (Juliana de Almeida), Aurhelia (Nara Menezes) e Tan Tan (Tâmara Floriano) entram em cena proporcionando ao público momentos hilários que vão do blues ao considerado brega cult. Moças “lindas e afinadas” (nem tanto assim…), elas são quatro paspalhas que além de tocarem as campainhas de nossas casas, cantam, tocam e se divertem, contagiando plateias com muita música e comédia.

O espetáculo faz parte do Festival das Artes Cênicas Especial de 60 anos do Banco do Nordeste. Entrada Gratuita.



Serviços
28 de julho de 2012 às 20h
Teatro: Casa da Ribeira
valor: gratuito
Mais informações: (84) 3211-7710
Para finalizar, um misto de música e teatro: Mister Matogrosso!

A bientôt!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Oficial da PMRN participa de simpósio sobre gestão nos EUA

Saudações Caríssimos!

Em primeira mão divulgamos este acontecimento e ao mesmo tempo damos nossas congratulações ao Cap Araújo.... Congratulation man! This is just a first step of many to come!



Oficial da Diretoria de Pessoal da PMRN participa de Simpósio Internacional de Gestão, Engenharia e Informática em Orlando, Flórida – Estados Unidos.




O Capitão PM Nilson Araújo, Chefe da DP/4 – Diretoria de Pessoal participou do 8º Simpósio Internacional de Gestão, Engenharia e Informática (MEI/2012), integrada a 16ª Multi-Conferência Mundial sobre Sistemas, Cibernética e Informática (WMSCI/2012), realizado na Cidade de Orlando, Flórida – Estados Unidos da América, entre os dias 17 e 20 de julho de 2012, no qual apresentou a monografia com o título: Cultura Organizacional: Um estudo a partir da realidade do Centro de Formação e Aperfeiçoamento da Polícia Militar do Rio Grande do Norte.


Outrossim, é importante esclarecer que o referido trabalho científico já havia sido apresentado no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais – CAO/2011, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Segurança Pública e Gestão de Polícia Ostensiva, cuja autoria é do referido Capitão juntamente com o Capitão PM Jurandir Andrade da Costa, atualmente Chefe da Seção Administrativa daquele Centro de Formação e Aperfeiçoamento.



A Conferência aconteceu no Hotel Doubletree by Hilton Orlando e foi apresentado por profissionais envolvidos nas áreas acima mencionadas e como a monografia dos oficiais tratava de Gestão e de Administração, esta foi selecionada e os autores convidados a se fazer presente para realizar a apresentação.


O evento reuniu 229 (duzentos e vinte e nove) trabalhos científicos, de 50 países diferentes, dentre eles apenas 10 (dez) eram trabalhos desenvolvidos por brasileiros, nos quais estava incluído o dos referidos oficiais. A conferência foi uma realização do Instituto Internacional de Informática e Sistemas, o qual é membro da Federação Internacional para Sistemas e Pesquisa.


Assuntos como Cultura Organizacional, Inteligência Geoespacial, Gestão da Qualidade de Serviço em Sistemas de Telecomunicações, Gestão Territorial: Um Estudo de Caso nas capitais brasileiras foram alguns dos temas apresentados e discutidos pelos participantes. Além disso, o monografia apresentada pelo Oficial da PMRN foi eleito o segundo melhor trabalho na Sessão “Gestão, Engenharia e Informática II”, perdendo apenas para o trabalho apresentado pelo Professor Dario Russo (Itália) que discorreu sobre o seguinte tema: Modelagem de processos de negócios e melhoria da eficiência através de uma abordagem baseada em agentes.







Maiores informações sobre a referida conferência clique no site: http://www.iiis2012.org/wmsci/website/default.asp?vc=12


PS.: destaco que o referido oficial viajou aos EUA com recursos próprios, visto que pela PMRN e também através da SESED, não houve disponibilização de recursos!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Estatística sobre confronto entre PMs e civis


Saudações Caríssimos (as)!

Depois de uma pequena pausa estamos de volta com muitas postagens e estudos sobre segurança pública, educação, cultura e  muito mais...

Segue logo abaixo uma reportagem da Folha de São Paulo acerca de confrontos envolvendo PMs e civis.

Cai o número de mortes em confrontos com a polícia no Rio



POR MARCO ANTÔNIO MARTINS

O número de mortes causadas em confronto entre civis e policiais registrou uma queda em junho no Rio. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto de Segurança Pública, responsável por medir as estatísticas de violência em todo o Estado.

No mês passado foram registrados 20 casos, contra 62 de junho de 2011. O auto de resistência integra um indicador da Secretaria de Segurança Pública chamado de letalidade violenta. Nele se concentram, além dos autos de resistência, os homicídios, os roubos e lesões corporais seguidos de morte.
Numa comparação entre junho de 2012 e junho de 2011, sete dos 11 crimes apontados como principais na análise da Secretaria de Segurança Pública registraram uma queda.
Apenas quatro tiveram um aumento: roubo a residências (alta de 21,6%), roubo de carga (aumento de 25,7%), estelionato (aumento de 12,2%) e extorsão (cresceu 2,7%).



Polícia Militar de São Paulo mata mais que a polícia dos EUA

DE SÃO PAULO



Em cinco anos, a PM do Estado de São Paulo matou quase nove vezes mais do que a polícia norte-americana.
Dados obtidos pela Folha mostram que, de 2006 a 2010, 2.262 pessoas foram mortas após supostos confrontos com PMs paulistas. Nos EUA, no mesmo período, conforme dados do FBI, foram 1.963 "homicídios justificados", o equivalente às resistências seguidas de morte registradas em São Paulo.
Analisando as taxas de mortos por 100 mil habitantes, índice que geralmente é usado para aferir a criminalidade e comparar crimes em regiões diferentes, constata-se que no Estado de São Paulo, com população de 41 milhões de habitantes, a taxa é de 5,51. Já nos EUA, onde há 313 milhões, a taxa é de 0,63.
Os números mostram que mesmo adotando técnicas de redução de letalidade, a PM paulista ainda mata muito.
O método Giraldi, que orienta o PM a atirar duas vezes e parar, tem sido deixado de lado. Especialmente desde a segunda quinzena de junho, quando a tropa entrou em alerta, após a morte de oito policiais militares.
Segundo familiares de PMs ouvidos pela Folha, os assassinatos dos colegas geraram um "grande clima de tensão".
Para o defensor dos três policiais presos acusados de matar o empresário Ricardo Prudente de Aquino, 39, na última quarta, o homicídio foi uma fatalidade, e a causa, o "clima constante de confronto nas ruas".
O empresário foi morto após fugir de um cerco policial. Os PMs dizem ter confundido o celular da vítima com uma arma.
"Meus clientes policiais se queixam demais, especialmente nesses últimos dois meses, quando muitos deles foram alvo de ataques", diz o advogado Fernando Capano. "Eles temem sair para trabalhar e não voltar mais."
Um policial, amigo de um dos oito mortos, concorda. "Os PMs do 23º batalhão [onde os três presos trabalham] mataram esse rapaz no susto. Hoje, em qualquer reação de alguém, o pensamento do policial é 'antes ele do que eu'", disse à Folha um policial, que pediu anonimato.
TROPA CONTROLADA
O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, disse anteontem não faltar treinamento aos PMs e que o comando da corporação controla a tropa. "Controle absoluto", garantiu ele.
"O comando está plenamente tranquilo de que tem o comando nas mãos. Não há nenhuma precipitação ou hipersensibilidade por parte dos policiais que trabalham na rua", disse.
Procurada, a PM não se pronunciou sobre a comparação da letalidade policial em São Paulo com a dos EUA.
O comandante-geral interino da PM, coronel Hudson Camilli, afirma que a ação que resultou na morte do empresário foi "tecnicamente correta" porque houve a perseguição de um suspeito que desobedeceu à ordem de parada. Segundo ele, a credibilidade da PM não está abalada e não houve crescimento da letalidade. Disse ainda que o número de mortos em confronto com a PM está dentro da normalidade.(ANDRÉ CARAMANTE,GIBA BERGAMIM JR. E AFONSO BENITES)


Para analisar essa temática recomendo o livro "Quem vigia os vigias?" que trata acerca dos órgãos internos e externo que apuram crimes e desvios de conduta praticadas por policiais estaduais.

Referência:
LEMGRUBE, Julita. Quem vigiar os vigias: um estudo sobre o controle externo da polícia no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2003.

domingo, 8 de julho de 2012

Miséria, Estado e sociedade ausentes = Violência, criminalidade e insegurança

Bonsoir mes amis!

Ainda em férias, mas sempre de olho nos acontecimentos...

Lendo a matéria do DN, que segue abaixo, temos um termômetro de como os brasileiros estão se sentido acerca da segurança no país. Como temos dito, a segurança é um conceito muito subjetivo, algo que varia de pessoa para pessoa, dependendo de onde ela mora, qual sua condição social, seu nível de escolarização, entre outros aspectos que podem influenciar, significativamente, nessa percepção.

Outro fator preponderante nos dias atuais é influência exercida pelos aparelhos midiáticos, em especial a TV, principalmente tomando-se como referência àquelas empresas que lançam mão dos programas apelativos, de cunho eminentemente sensacionalistas, que incutem no imaginário da população, que vivemos num Estado caótico, that is,uma verdadeira guerra (SOUZA FILHO, 2001). É bem verdade que em algumas megalópoles (Rio, São Paulo...) e metrópoles (Recife, Fortaleza, etc.) há realmente áreas com altos índices de criminalidade, mas esses casos devem ser vistos de forma isolada, pois são aglomerados populacionais, onde o Estado é quase imperceptível e a miséria extrema, aliada à falta de educação, saúde, emprego, habitação e às drogas, sobretudo o crack, cooptam cada dez mais um exército de excluídos para o mundo da violência e criminalidade.

Vale a pena conferir os dados recentes do IPEA, acerca da percepção de nós brasileiros, não apenas sobre segurança, mas sobre as instituições que com ela diretamente trabalham, das quais (infelizmente) uma parcela significativa da população não confia (CALDERA,2000).

Referências:
SOUSA FILHO, A. Medos, mitos e castigos. 2a. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2001. 
CALDEIRA, Teresa P. Cidade de Muros: Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo. São Paulo: Editora 34/Edusp. 2000.

Brasil
Edição de domingo, 8 de julho de 2012 
Brasileiros temem assalto com arma de fogo
Seis em cada dez brasileiros têm muito medo de assalto à mão armada e assassinato

Brasília - Pesquisa de opinião divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou na sexta-feira a segunda rodada de pesquisa sobre segurança pública feita pelo Sistema de Indicadores de Percepção Social, criado pelo instituto. Desta vez, 3.799 pessoas foram entrevistadas em todas as regiões do país. A cada grupo de dez brasileiros, pelo menos seis têm "muito medo" de assalto à mão armada, assassinato e arrombamento da residência, conforme apurado pela pesquisa. Mais da metade sentem "muito medo" de sofrer agressão. O percentual de "nenhum medo" em todos os quesitos (assalto à mão armada, assassinato e arrombamento da residência) é em torno de 10%, com exceção do tema sofrer agressão, em que o percentual é 18,2%.

Eduardo Maia/DN/D.A Press


As mulheres se sentem menos seguras que os homens. Apenas 7,8% das entrevistadas disseram não sentir "nenhum medo" de assalto à mão armada, enquanto 16,9% dos homens têm a mesma sensação. Metade dos homens entrevistados afirma ter "muito medo" de assalto à mão armada, enquanto três quartos das mulheres têm a mesma intranquilidade. A amostra da pesquisa permite comparações entre as regiões. Em todos os quesitos, o Nordeste (com mais de 70% das respostas indicando "muito medo") lidera os temores de violência.

Além da sensação de insegurança, a pesquisa ouviu a opinião dos entrevistados sobre as instituições policiais. Apenas a Polícia Federal (PF) teve índice acima de 10% na resposta "confia muito". As polícias civis e militares dos estados, polícias com os maiores efetivos e mais próximas do cotidiano dos cidadãos, atingiram apenas 6% das respostas "confia muito". Cerca de 9% disseram "confiar muito" na Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Em cada dez entrevistados, seis concordam que a PF e a PRF realizam "seu trabalho com competência e eficiência". Mais da metade dos entrevistados em todo o país discordam da afirmação de que a "Polícia Civil realiza investigações sobre crimes de forma rápida e eficiente". A maioria também discorda que "a Polícia Militar (PM) aborda as pessoas de forma respeitosa".

Menos de 45% discordam que a PM "atende às emergências de forma rápida e eficiente". Segundo o Ipea, a percepção negativa das pessoas declaradas "não-brancas" em relação às polícias é 5% acima daquelas declaradas "brancas". Mais de 63% de todos entrevistados afirmaram que "os policias no Brasil tratam as pessoas com preconceito". Apesar desses indicadores, a maioria da população ainda confia na polícia. Somente cerca de um quinto (20%) disse "não confiar" nas polícias militares e nas polícias civis, enquanto 15% avaliaram negativamente a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.

Dos entrevistados, 48,4% afirmaram "ter procurado a polícia por algum motivo e passado por um atendimento policial". Desses, 74,1% fazem "avaliação positiva" dos atendimentos policiais. A desigualdade social, a falta de investimento em educação e o aumento do tráfico de drogas foram apontados como as principais causas da criminalidade. O crescimento do comércio ilegal de entorpecentes foi a principal dificuldade enfrentada pelos policiais.

A maioria dos entrevistados discorda que os policiais no Brasil "recebem boa formação e são bem preparados". Mais de um quarto dos entrevistados afirmam que ser policial é uma péssima opção de trabalho. 


Como de praxe um pequeno vídeo para reflexão! Será que nós sociedade não temos também junto com o Estado a nossa parcela de responsabilidade?

Miséria SA


segunda-feira, 2 de julho de 2012

História do RN!

Saudações Caríssimos!

I'm on vacation right now! but pelo menos uma postagem semanal farei...

Sempre de olho nos acontecimentos locais e nacionais, acerca das temáticas que me dispus a debater, mas também com outro na cultura e no entretenimento....

Estava passando pelo interior do estado, mas precisamente em Canguaretama e vi uma igreja que sempre via, mas nunca havia entrado, então fiz uma pequena parada e a  visitei. Trata-se da  Igreja dos Mártires de Cunhau, do qual segue abaixo outra versão do episódio ocorrido em 1645!




MASSACRE DE CUNHAÚ E URUAÇU – ONDE ESTÁ A 
VERDADE? MARTIRES DE CUNHAÚ E URUAÇU2

A data de 3 de outubro será feriado no Rio Grande do Norte, em comemoração ao Dia dos Mártires de Uruaçu e Cunhaú. Mais um feriado… e santo! Me choca mais ainda é quando analisamos os porquês do feriado. Entro um pouco mais fundo na “história” por que a “istória” de Cunhaú me intriga. O povo só conhece um lado da moeda… aquilo que “alguns” insistem em contar.O que na verdade aconteceu? Foi realmente um massacre? Seguinte: não vou afirmar de maneira contundente. Mas faço aqui a defesa do outro lado, baseado em pesquisa histórica. Não possuo graduação em direito, muito menos em história, meu universo é a Ciência da Religião onde sou especialista. Vejamos então a outra versão dos fatos.Esse massacre, diz a “história”, foi cometido por ordem do governo holandês no Recife e orientadas por um pastor “calvinista”.
Não pretendo aqui minimizar as mortes, a crueldade do evento. Mas apresentar outros fatos que foram inapropriadamente usados para culpar um outro grupo estrangeiro de uma religião (protestantes) diferente da majoritária.Quero apresentar em três pontos algumas observações importantes:
1 – É preciso entender (ou buscar na história laica) que não foi o governo holandês que ordenou a chacina. Na verdade, a outra versão que fazemos aqui o levante, narra que foi uma vingança por parte dos índios que ali moravam ajudados por uma outra tribo da Bahia. Todos esses, se revoltaram devido notícias da crueldade cometidas pelos portugueses para com os indígenas. No início da revolta (13/6/1645), isso é aceito pela maioria dos historiadores (laicos) que por onde passavam os portugueses e estabeleciam seu domínio, a violência, a morte estavam presente de forma cruel. Os “brasilianos” (como eram chamados os índios tupis) fugiam para bem próximo das fortificações holandesas, que eram difíceis de serem atacadas e destruídas. Outros decidiram evitar o desastre aparentemente inevitável e pegaram em armas. Foi isso que aconteceu em Cunhaú.
“No Rio Grande do Norte, a população indígena consistia em grande parte de índios antropófagos (tapuias), sob a liderança do seu cacique Nhanduí. Para os holandeses, os tapuias significavam um bando de aliados um tanto inconstantes, pois eram um povo muito independente, que não aceitava ordens de ninguém, mas decidia por si o que era melhor para sua tribo. Um tal de Jacob Rabe, casado com uma índia, servia de ligação entre eles e o governo holandês”. (Schalkwijk – 1986).
Os holandeses eram considerados como os libertadores da opressão portuguesa. E, por várias vezes, esses índios quiseram aproveitar-se da situação de derrota dos portugueses para vingar-se da violência anteriorComo acontecera no Ceará em 1637, em 1645 os índios procuraram matar todos os portugueses da região, que foram protegidos pelos holandeses, por meio das armas.. Os tapuias sentiram que, com o início da revolta contra os holandeses, eram eles ou os portugueses. No dia 16 de julho, começaram por Cunhaú, massacrando as pessoas que estavam na capela e posteriormente, numa luta armada, os restantes.
2. O nome do Pastor protestante Rev. Jodocus à Stetten que era capelão do exército holandês está ligado a esse episódio de Cunhaú, é preciso observar e entender que exatamente o contrário do que alguns afirmam, esse pastor foi enviado pelo governo holandês do Recife para acalmar os ânimos dos indígenas. Porém, os índios, não entendiam como os holandeses podiam defender seus inimigos mortais. 3 . É preciso também registrar que esse sim: Como afirma Schalkwijk, o Algoz-mor de Cunhaú: Jacob Rabe alguns meses depois do massacre, esse funcionário da Companhia das Índias Ocidentais, que havia recebido o pastor Jodocus de pistola em punho, foi morto por ordem do próprio governador da capitania do Rio Grande do Norte, Joris Garstman. O capitão Joris era casado com uma senhora portuguesa que havia perdido muitos parentes em Cunhaú. Na história não podemos eleger nossos heróis, mas os inimigos, o algoz, sempre queremos descobrir que o foi. Nesse relato, apresentamos uma outra versão que evidentemente não esclarece de um todo, mas apresenta através de três pontos que a história precisa ser revista.
Não queremos aqui minimizar o masacre, o sofrimento das vidas que foram perdidas naquele local. Isso foi verdadeiro, mas devemos ser honestos com a história, não cedendo a pressões religiosas mais deixando a liberdade de pesquisa, de imprensa, registrar a outra face não contada. Esse caso de Cunhaú é extremamente controverso. Mas reina uma versão aceita pelos leigos e por alguns intelectuais que não buscaram conhecer o outro lado da história. Se na história não podemos eleger nosso herói, não podemos afirmar sobre o bandido, como a “versão” autorizada afirma que foi culpa do governo holandês orientado por um Pastor Evangélico. A história relatada por Cascudo e demais historiadores que defendem que o massacre foi obra do governo holandês tem uam razãod e ser, bem como a minha história.
A verdade, somente a verdade deveria reinar em um lugar que (para alguns) é solo sagrado, hierofânico e místico.
João Bosco de Sousa – Escritor, Teólogo protestante de confissão pentecostal e Cientista da Religião pela UERN. ( Nordestino, nascido em Natal sem familiares holandeses ou calvinistas). (tomando como base o texto de Francisco Schalkwijk – Doutor em história na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. É autor do livro Igreja e Estado no Brasil Holandês (1986).).

FERIADO DE MÁRTIRES DE URUAÇU É INSULTO AOS INDÍGENAS

martires.jpg
FERIADO DE 3 DE OUTUBRO É INSULTO A INDÍGENAS
Por: Alípio de Sousa Filho – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFRN.
Causa espanto saber que a Assembléia Legislativa do Estado aprovou por unanimidade e a Governadora sancionou lei criando o feriado estadual de 3 de outubro para culto público e oficial dos chamados mártires de Uruaçu e Cunhaú. A lei estadual 8.913, de 6 de dezembro de 2006, é um insulto aos nossos indígenas de ontem e de hoje e um atentado aos princípios do Estado Laico. Inconcebível que seja o próprio Estado a colaborar com a igreja católica nos seus intentos de criar beatos, santos, mártires, milagres etc. e a partir de qualquer história forjada e narrada como se quer.O que se chama de massacre dos mártires de Uruaçu e Cunhaú (mártires católicos!, pois do outro lado estavam protestantes holandeses e indígenas) é fato ocorrido no século XVII e não difere de outras situações que o território brasileiro conheceu, em todas as partes, no período colonial. No fundo, o que se visa exaltar é a fé católica que, nesse mesmo período histórico, foi responsável pela morte de milhões de indígenas. Os tapuias e potiguares que habitavam a região e que, ao lado de holandeses calvinistas, figuram na narrativa construída sobre o tal martírio, que agora se visa cultuar, faziam parte da grande civilização indígena aqui existente que, pela catequese cristã e predominantemente católica, viu ser dizimados três milhões de seus integrantes nos três primeiros séculos da colonização.Que cidadãos, isolados ou em grupos organizados, queiram praticar suas crenças, organizar e participar de romarias (a cavalo, em paus-de-arara, bicicletas, motos, carros ou a pé), que as igrejas, incluindo a dos católicos, queiram difundir suas crendices, incluindo inventar milagres e os santos milagreiros, que o façam no usufruto dos direitos que são os seus. Todavia, o Estado não pode ser cúmplice do absurdo que é tornar feriado um dia da semana para culto de uma narrativa que insulta os indígenas de ontem e de hoje.Os poderes Legislativo e Executivo estaduais, com a criação do feriado de 3 de outubro, dão mostras que não praticam a laicidade exigível desses poderes no âmbito da esfera pública e estatal e confirmam que, no Brasil, o Estado, longe de ser laico, permanece vergonhosamente submetido, pelas mãos de seus dirigentes, aos ditames e interesses de igrejas e religiões. Os interesses da igreja católica (ou de qualquer outra) não podem ser colocados acima do caráter universalista que o Estado está obrigado a preservar para permanecer como esfera autônoma, independente. Esta que é a única condição do Estado poder legitimamente representar a sociedade como um todo e agir pela sua emancipação social, livrando-a do domínio de crenças sem fundamentos que se tornam obstáculos aos seus avanços culturais, sociais. No Brasil, são inúmeros os exemplos de ações das igrejas, contrariando a implementação de medidas emancipatórias pelo Estado.
Multinacional capitalista, que enriquece com a mais-valia da fé alheia explorada, mas continuamente sedenta de criar santos e milagres para a conservação do seu domínio sobre uma população pobre e abandonada à sua própria miséria (emocional, cultural, econômica), a igreja católica não pode contar com a cumplicidade dos dirigentes do Estado para realizar seus intentos. O fato representa uma tomada de posição desses dirigentes em favor de um segmento da sociedade, e apenas de um de seus segmentos, ferindo o principio da laicidade e da universalidade de valores a predominar e a ser preservado pelo Estado no âmbito das decisões político-públicas.
Se há algo a ser feito sobre o que se passou em 1645 é o Estado narrar a tragédia de nossos indígenas, vencidos pela violência, dividindo-se, em desesperadas estratégias, entre os colonizadores.(Publicado no Diário de Natal em 25/09/2007, p.2)

http://joaobosco.wordpress.com/2007/10/03/feriado-de-martires-de-uruacu-e-insulto-aos-indigenas/

E para não dizer que sou parcial estou refazendo a postagem com a versão da Igreja Católica, que segue logo abaixo:


Canguaretama além de ser palco de um show de belezas naturais foi palco também de uma das maiores carnificinas do Rio Grande do Norte. Em 16 de julho de 1645, o Pe. André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por mais de 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis participavam da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, que deu nome ao local. O engenho Cunhaú, também fica em Canguaretama, na verdade um pouco longe de Barra do Cunhaú.
Segundo o Postulador da Causa dos Mártires, Monsenhor Francisco de Assis Pereira, em seu livro Protomártires do Brasil: "Os holandeses chegaram à Capitania do Rio Grande, no dia 08 de dezembro de 1633. Depois da rendição pelos portugueses da Fortaleza dos Reis Magos, que defendia a entrada marítima da Cidade (de Natal), a principal preocupação dos invasores foi assumir, o quanto antes, os pontos estratégicos que garantiam a economia da região e subsistência da população".
A economia do Rio Grande do Norte era ainda bastante primitiva. Viviam os moradores das plantações de milho e mandioca, da pesca e da criação de gado. Uma outra fonte de renda para o Rio Grande era a lavoura de cana de açúcar. Na capitania do Rio Grande havia apenas dois engenhos: o Potengi e o Cunhaú. O primeiro a ser invadido pelos holandeses foi o Potengi, por estar mais próximo de Natal, apesar do engenho Potengi não representar muito para a economia do Rio Grande. O engenho Cunhaú, a 80 Km de Natal, era o mais importante centro da economia do Rio Grande.
O vale do Cunhaú, onde estava situado o engenho, irrigado pelo rio do mesmo nome, constituía um imenso campo verdejante de canaviais e plantações de milho e mandioca. Toda a colheita de cana de açúcar era moída no engenho que chegou a ter safras anuais de seis a sete mil arroubas de açúcar. A produção de açúcar, carne e farinha era exportada para Pernambuco e Paraíba, através do Rio Cunhaú que desemboca no Oceano Atlântico.
Por tudo isso, Cunhaú se tornou o alvo da ambição e cobiça dos holandeses na sua ânsia de dominar toda a região e controlar a sua economia. Sua posição estratégica, a meio caminho da Paraíba, fez de Cunhaú um palco de lutas sangrentas, vinganças e saques entre portugueses, índios e holandeses.
O MORTICÍNIO NA CAPELA DE CUNHAÚ
Passadas as turbulências que caracterizaram o início da ocupação, a vida do engenho parecia ter voltado à normalidade. Ao redor da Capela de Nossa Senhora das Candeias, viviam pacatamente 70 modestos colonos com suas famílias, inteiramente dedicados aos trabalhos na lavoura e na moagem da cana.
O movimento de insurreição contra o domínio holandês já começara em Pernambuco, mas na capitania do Rio Grande tudo parecia normal. Bastou, porém, a presença de Jacó Rabe, um alemão a serviço dos holandeses, para que o clima se tornasse tenso.
Rabe era um personagem conhecido dos moradores de Cunhaú. Freqüentes eram aquelas incursões por aquelas paragens, sempre acompanhado de seus amigos e liderados, os ferozes índios tapuias. A simples presença de Rabe e dos tapuias já constituía motivo suficiente para suspeitas e temores. Além dos tapuias, Jacó Rabe trazia, desta vez, consigo alguns potiguares com o chefe Jererera e soldados holandeses, uma vez que se apresentava em missão oficial, dizendo-se portador de uma mensagem do Supremo Conselho Holandês, do Recife aos moradores de Cunhaú.
No dia seguinte, um domingo, aproveitando a presença de um grande número de colonos na igreja para a missa dominical celebrada pelo Pároco Pe. André de Soveral, Jacó Rabe mandara afixar nas portas da igreja um edital, convocando a todos para ouvirem as Ordens do Supremo Conselho, que seriam dadas após a missa.
Muitos compareceram, mas uma chuva torrencial, providencialmente caída naquela manhã, impediu que o número fosse maior. (...) Como havia um certo receio pela presença de Jacó Rabe alguns preferiram ficar esperando na casa de engenho.
Quando chegou a hora da missa, os fiéis, em grupos de familiares ou de amigos, se dirigiram à igrejinha de Nossa Senhora das Candeias. Levados a cumprir o preceito religioso, evidentemente não portavam armas, proibidas pelas autoridades holandesas.
Bastou o Pe. André iniciar a celebração, e a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da Igreja e se deu início à terrível carnificina. Foram cenas de grande atrocidade: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelos flamengos com a ajuda dos tapuias e potiguares. Ao perceber que iam ser mesmo sacrificados, os fiéis não se rebelaram. Ao contrário, rezavam enquanto o Pe. André rezava apressadamente o ofício da agonia.



Padre André de Soveral



Monsenhor Francisco



Capela de Cunhaú


Disponível em:
http://www.barradocunhau.com.br/conteudo/informativo/historia.html. Acesso em: 03 jul 2012.
A bientôt mes amis!