segunda-feira, 25 de março de 2013

Corrupção policial no Sudeste do país

Saudações Caríssimos Internautas!

Depois de uma semana sem postagens, voltamos com uma matéria nada animadora para os Operadores de Segurança  Pública do país. Mas, infelizmente, fatos dessa natureza precisam vir à tona para que possamos discutir e analisar, interna ou externa corporis, como criar mecanismo de fiscalização e controle de ações que maculam a imagem das agências de segurança.

Para os que não puderam acompanhar mais uma denúncia contra policiais, desta feita, ocorrida na mídia televisada, no programa Fantástico da Rede Globo.

Logo abaixo segue a matéria na íntegra, para que possam tirar suas próprias conclusões!
Policiais de SP são acusados de tomar dinheiro e drogas de quadrilhas
Segundo investigações, acusado de ser um dos principais fornecedores de drogas e armamento para facção criminosa que age em São Paulo poderia estar na cadeia, mas policiais civis exigiram propina para não prendê-lo.

Em São Paulo, investigadores que deveriam reprimir o tráfico são acusados de atuar como bandidos e tomar dinheiro das quadrilhas.
O homem acorrentado que aparece no vídeo faz um apelo em espanhol. Diz que os sequestradores exigem cerca de R$ 600 mil para libertá-lo e que os parentes estão desesperados: “Minha família chora muito”.

A polícia encontrou o vídeo no celular do boliviano Heber Escalante, preso 20 dias atrás em Cáceres, Mato Grosso, quando tentava entrar no Brasil pela Bolívia. O telefone também armazenava fotos, que mostram muita droga e armas potentes. Acusado de ser um dos principais fornecedores de drogas e armamento para uma facção criminosa que age em São Paulo, o boliviano Escalante tem um apelido no mundo do crime: Senhor das Armas.

Segundo as investigações, ele poderia estar na cadeia desde outubro de 2012. Mas policiais civis de São Paulo exigiram propina para não prendê-lo. ‘Foi um golpe’, diz a Polícia Federal. E o esquema dos policiais bandidos, segundo a PF, funcionava assim: Alexandre Lages é investigador do Denarc, o Departamento de Combate ao Narcotráfico, em São Paulo. Ele é acusado de fazer parte de uma quadrilha formada por policiais unidos a traficantes. As investigações mostram que Alexandre se passava por empresário interessado em comprar drogas. E que criminosos, geralmente da Bolívia ou Colômbia, vinham ao Brasil fechar o negócio.
Heber Escalante, o Senhor das Armas, ficou hospedado em uma casa no Guarujá, litoral de São Paulo, onde teria se comprometido a vender 700 quilos de cocaína para o grupo.
Segundo a Polícia Federal, assim que pegaram parte da droga, os policiais corruptos se identificaram. E, em vez de prender o boliviano em flagrante, pediram propina para deixá-lo sair livre. Por telefone, uma mulher que diz ser testemunha do achaque conta o valor do acerto: “Eles fizeram acerto, de R$ 2 milhões. Ele não é empresário. É a Denarc”, diz.
Em fevereiro, a Polícia Federal acompanhou de perto outro golpe. Segundo as investigações, Alexandre Lages fingiu, de novo, ser comprador de cocaína. A entrega seria no estacionamento de um shopping, na capital paulista.
Imagens mostram quando policiais abordam os ocupantes de um carro. Em seguida, todos vão embora.


Click na palavra Vídeo para vê-lo na íntegra.

“Eles não trabalhavam com coisa pequena. Média de 200, 300 quilos de cocaína em cada situação dessa. Não foram uma ou duas não, foram várias”, declara Roberto Boreli Zuzi, delegado-chefe da Polícia Federal - Sorocaba.
Quarta passada (20), mais quatro policiais do Denarc foram presos, acusados de participar do golpe: Gustavo Gomes, Edson Melin e Mariano Pino são investigadores. André Souza é o chefe deles. Os quatro alegam inocência.
O advogado destes quatro policiais contesta as escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal: “É fácil a gente falar se você pegar a parte editada da coisa. O Alexandre era um dos investigadores que trabalhava na delegacia. Qual o vínculo dele com os outros quatro? Eu não vejo. São coisas distintas”, diz Gilberto Vieira, advogado dos quatro policiais.
O Fantástico também procurou a defesa dos três policiais presos em fevereiro. Por telefone, o advogado de Alexandre Lages diz que o inquérito não foi concluído, que desconhece o teor completo da investigação e que, por isso, não vai se manifestar.
Já o de Glauco Fernandes afirmou que o policial é inocente e estava no exercício de suas funções, que é prender traficantes e apreender drogas.
O defensor de Michael Ruiz não foi localizado.
O advogado de Heber Escalante, o Senhor das Armas, disse que ele nega ser traficante e ter pago propina aos policiais. Alega ainda que o celular, com as fotos e o vídeo de um seqüestro, foi comprado de uma outra pessoa: “Existe uma espécie de mercado das pulgas, de compra e venda de usados. E ele não se deu conta que aquilo já existia no celular”, declara Hilton Tozetto.
“Ele realmente é um traficante, um vendedor de armas e aí é um outro ponto da investigação que vai ser levantado de agora em diante”, diz Roberto Boreli Zuzi, delegado-dhefe da Polícia Federal.
O vídeo já foi encaminhado à Interpol, a Organização Internacional de Polícia Criminal. E quanto aos sete policiais acusados de corrupção: “Esse grupo, realmente, está fora do mercado”, garante Roberto Boreli Zuzi, delegado-chefe da Polícia Federal.


Fontes:
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/03/policiais-de-sp-sao-acusados-de-tomar-dinheiro-e-drogas-de-quadrilhas.html
http://g1.globo.com/fantastico/videos/t/edicoes/v/policiais-de-sp-sao-acusados-de-cobrar-propina-de-traficantes/2478133/


À bientôt mes amis!




quinta-feira, 14 de março de 2013

Dados estatísticos sobre a segurança pública no RN

Saudações caríssimos internautas!

Excuse moi pour mon rotard sur la sécurité publique cette semaine...

De qualquer forma, trago a público novíssimas informações divulgadas pelo governo do estado sobre os crimes de homicídio, drogas e ações desenvolvidas no RN, no intuito de conter a escalada da violência.


O relatório foi produzido pelo setor de estatística da SESED, apontando diversos dados que são de relevância para adoção de políticas, necessariamente, na área da segurança pública, mas também em áreas sociais, visando o resgate social daqueles que vivem à margem da sociedade.

Nessa perspectiva, as estatísticas ratificam que o crime violento continua crescendo, embora no último ano, não tão rapidamente. Demonstram também, que as drogas, apesar do aumento do número de apreensões, continuam sendo um dos principais vetores do crime violento.

Nesse mesmo ponto de vista, é significativo registrar que as vítimas continuam sendo homens jovens, na faixa etária dos média de 20 anos, solteiros e que residem, em sua maioria nas zonas Norte e Oeste da capital.

Apesar de sermos o penúltimo estado do Nordeste em ocorrência de crime violento e a antepenúltima capital nessa modalidade de violência, a sensação para aumentar cada vez mais. Nesse aspecto, destacamos o desserviço   prestado por alguns veículos midiáticos, especialmente a TV, através de programas, eminentemente sensacionalistas, que como diria um professor da UFRN, se espremer sai sangue! Para um maior aprofundamento ver (SOUZA FILHO, 1995 e mais recentemente, SILVA, 2009).

Grosso modo fazemos a seguinte análise! Não adianta apenas a polícia continuar prendendo, pois não haverá presídios suficientes. Portanto, quanto mais se constrói presídio, sem na mesma proporção construirmos escolas, e de boa qualidade, de preferência em tempo integral, cada vez mais nossas crianças e adolescentes continuarão a ser cooptados pelas drogas (uma porta escancarada à marginalização)!

Como temos defendido aqui, é através da educação e cultura da paz que conseguiremos mudas esse estado de coisas.


Logo abaixo o link, através do qual se pode acessar o relatório na íntegra e tirar suas próprias conclusões.

http://www.rn.gov.br/imprensa/noticias/em-coletiva-governo-do-estado-apresenta-relatorio-estatistico-da-seguranca-publica/14393/

Para ver entrevista na Intertv Cabugi, com o presidente do Conselho Estadual do Direitos Humanos no RN, click no link abaixo da imagem.


http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/rntv-1edicao/videos/t/edicoes/v/rn-tem-aumento-de-criminalidade-e-sobe-quatro-posicoes-no-mapa-do-crime/2452939/


Referências:

SILVA,João Batista da. A violência policial militar e o contexto da formação
profissional: um estudo sobre a relação entre violência e educação no espaço da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. 2009. 129p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. (Disponível também neste link: 

SOUZA FILHO, Alípio de. Medo, mitos e castigos: notas sobre a pena de morte. São Paulo: Cortez, 1995. (Coleção questões de nossa época, vol.46).


À bientôt mes amis!


sábado, 2 de março de 2013

X Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais


A POLÍCIA MILITAR realizará X Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO/2013), que funcionará em nível de Especialização em Segurança Pública e Gestão de Polícia Ostensiva, Lato Sensu, com Ênfase em Docência do Ensino Superior e em Direitos Humanos, que se insere na área de conhecimento das Ciências Humanas.
Projeto Pedagógico do X Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO-2013), foi aprovado através do Convênio 328/2011 SESED-SENASP, que custeará todo evento.


OBJETIVOS DO CURSO
Geral: Aperfeiçoar, a partir de um enfoque multidisciplinar, profissionais de polícia ostensiva, do posto de capitão, da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte e de outras Unidades Federativas, para a ocupação de cargos e o exercício de funções que exijam conhecimentos e práticas especiais no nível do oficialato superior, em especial, aquelas voltadas à Gestão, Docência do Ensino Superior e Direitos Humanos, bem como outros operadores de segurança pública e defesa social, envolvidos na execução de políticas relativas à segurança pública, em especial, delegados de polícia civil e capitães bombeiros do RN.
Específicos:
a) Ampliar os conhecimentos técnico-profissionais dos oficiais do posto de capitão PM ou BM, a fim de capacitá-los a ocupar e exercerem cargos e funções próprias do Oficial Superior para o acesso à escala hierárquica, requisito necessário para a promoção ao posto de major, consignado no Quadro de Organização da Corporação e aos delegados de polícia civil a ascensão que lhes são peculiares;
b)  Aperfeiçoar e ampliar saberes, capacidades e habilidades específicas dos discentes, voltadas ao exercício da gestão pública no campo da segurança pública;
c) Proporcionar um espaço de reflexão coletiva sobre as necessidades e caminhos de interação transformadora da polícia e da sociedade;
d) Oportunizar ao aluno condições de aprofundamento e atualização de conhecimentos relativos à Organização Policial Militar e as demais Agências de Segurança Pública;
e) Analisar dados e fatos relacionados às demandas atuais da sociedade frente à problemática de questões inerentes à segurança pública;
f) Possibilitar através de discussão acadêmica a construção coletiva de propostas alternativas às problemáticas que se apresentam aos diversos órgãos da Segurança Pública, com o fito de proporcionar a integração e interação entre os atores e instituições que compõem o sistema de segurança pública no estado e no país;
g) Promover o estudo de conhecimentos necessários ao exercício regular das atividades de uma polícia voltada para os princípios dos Direitos Humanos, da ética e da cidadania;
h) Possibilitar a compreensão do processo de constituição histórica da educação superior no Brasil em relação com a formação da sociedade inserindo-se nesse contexto o sistema de ensino militar e da segurança pública; e
i) Proporcionar ao discente o desenvolvimento de competências e habilidades do exercício da docência com fundamentação nos métodos, técnicas e materiais pedagógicos adequados à prática educativa, voltada para o ensino superior, em especial a seara da segurança pública.

EXECUÇÃO DO CURSO
a).    Local de Funcionamento
1.  Academia de Polícia Militar “Cel Milton Freire de Andrade”, localizada na Av. Alexandrino de Alencar, 959, Lagoa Seca, Natal-RN; e
2. Outros espaços de conhecimento e produção acadêmica, que se insiram no contexto deste plano, devidamente gerenciado pela Coordenação do Curso.
b).   Período:
Início: 18 de março a 23 de novembro de 2013.
c).    Carga horária total:
510 h/a (quinhentos e dez horas-aula) de disciplinas curriculares e 60 h/a de disciplinas extracurriculares, que compreendem as disciplinas de Treinamento Físico Militar e Tiro defensivo, ambas obrigatória.
d).   Distribuição da carga horária semanal:
1- Dezesseis horas aulas semanais, com aulas de segunda a quinta-feira, das 14 às 17:15h;
2- As disciplinas poderão ser ministradas ininterruptamente, dependendo da disponibilidade dos docentes, sendo conclusas em duas semanas, ou alternadamente, acordado previamente com a Coordenação e o corpo discente;
3- As disciplinas extracurriculares serão ministradas no turno matutino (das 07 às 08:30h), horário institucionalmente já reservado ao Treinamento Físico Militar (TFM);
4- Para uma melhor adequação e operacionalização da disciplina de Tiro Defensivo, esta poderá ser ministrada em período distinto do citado acima, e de forma ininterrupta, procedimento previamente acordado entre a Coordenação, o instrutor e o corpo discente.
e).    Duração
- Aproximadamente 9 (nove) meses
g).     Público Alvo
1- Oficiais intermediários (capitães) da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte e de outras Unidades da Federação interessadas;
2- Delegados da Polícia Civil e capitães do Corpo de Bombeiro Militar do RN.
h).   Vagas:
1- 40 (quarenta) vagas distribuídas da forma seguinte:
2- 26 (vinte seis) vagas para candidatos da Polícia Militar do Rio Grande do Norte;
3- 02 (duas) PC
4- 02 (duas) CBM; e
5- 10 (dez) vagas para candidatos (capitães) de outros Estados da Federação.

Fonte: 
http://assecompmrn.files.wordpress.com/2013/01/aditamento-ao-bg-013bg037.pdf (Link plano de curso completo); e
http://www.pmde.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/sesed_de/imprensa/enviados/noticia_detalhe.asp?nImprensa=0&nCodigoNoticia=35319


Aproveitando o ensejo deste belo sábado chuvoso, lembrei de ontem, à noite, vendo um documentário do poeta Mário Drummond de Andrade, no canal Brasil. E agora josé? Aqui na voz de Paulo Diniz, no saudoso projeto Seis e meia, no teatro Alberto Maranhão, que as nossas autoridades e empresários deixaram sucumbir!



À bientôt mes amis!