quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dia Nacional da consciência negra: temos o que comemorar?

Saudações caríssimos (as)!

Vejamos os dados sobre violência contra negros no Brasil!

Será que temos o que comemorar hoje que  é comemorado o Dia nacional da Consciência Negra?


Mortes violentas reduzem em 4 anos expectativa de vida dos negros no RN

Impacto é quase 3 vezes maior se comparado ao grupo de não negros.

Resultado está em estudo do Ipea divulgado nesta terça (19).

Felipe GibsonDo G1 RN
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Corpo para necrópsia no ITEP/RN (Foto: Caroline Holder/ G1)Os homicídios representam 1,79 ano na redução da expectativa de vida dos negros (Foto: Caroline Holder/G1)
As mortes de causas violentas são responsáveis pela redução de 4 anos na expectativa de vida de homens negros no Rio Grande do Norte. O efeito é quase três vezes maior do que quando comparado aos não negros do estado, conforme aponta estudo 'Vidas Perdidas e Racismo no Brasil' divulgado nesta terça-feira (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em menor proporção, a situação se repete em relação ao impacto da violência na expectativa vida de mulheres negras e não negras no RN.

"Analisando os dados sobre letalidade violenta no Brasil, apontamos que a violência atinge diferentes grupos da população brasileira. No entanto, as mortes violentas  – homicídios, acidentes de transporte, suicídios e outros acidentes – geram perda maior de expectativa de vida ao nascer para os homens e, dentre estes, para os negros", diz o estudo.
Enquanto homicídios, acidentes de transporte, suicídios e outras modalidades de violência afetam a expectativa de vida dos homens negros em 4 anos, a 11ª média do país, para não negros o número cai para 1,35. Em relação às mulheres, as mortes de causas violentas geram uma redução de 0,8 ano para negras e de 0,36 para não negras.

No caso dos homens, o maior peso na balança fica por conta dos homicídios. Os assassinatos representam 1,79 ano na redução da expectativa de vida dos negros. Para não negros essa média é de 0,47 ano, quase três vezes menor.  "O negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele. Tais discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros", conclui o estudo.

De acordo com o Ipea, mais de  39  mil pessoas negras  são assassinadas todos os anos  no Brasil, contra 16 mil  indivíduos de todas as outras raças. "Para além da extinção  física,  há milhares de mortes simbólicas por trás das perdas de oportunidades e de crescimento pessoal que muitos indivíduos sofrem, apenas pela sua cor de pele. São vidas perdidas em face do racismo no Brasil", afirma a pesquisa.

Quanto aos acidentes de trânsito, a expectativa de vida é reduzida em 1,28 ano por esse tipo de morte violenta, índice também superior ao registrado para o resto da população. Os acidentes representam a maior causa de letalidade de não negros no estado, seguindo a tendência nacional. A redução da expecativa de vida desta parcela da população relacionada a esse tipo de morte é de 0,49 ano, acima da média registrada para homicídios.



Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=MThGukQA8lM



terça-feira, 19 de novembro de 2013

Mais violência - ao que parece, promovidas por pseudotorcidas organizadas

Saudações Caríssimos (as)!

É simplesmente alarmante as altas taxas de homicídio a que chegou o RN. Para engrossar esse caldo, ainda contamos com o vandalismo de marginais travestidos de torcedores de times de futebol.


Vejam a matéria logo abaixo que denuncia o estágio que estamos e se os governantes, autoridades e sociedade não buscarem soluções exequíveis, o que está ruim, pasmem os senhores e senhoras, pode piorar!




RN tem 14 mortes entre torcedores

Publicação: 19 de Novembro de 2013 às 00:00
Felipe Galdino - repórter

O Rio Grande do Norte tem 14 mortes envolvendo supostas rixas entre torcidas organizadas, neste ano de 2013. Os casos mais recentes foram registrados na última sexta-feira, em Natal. As vítimas foram dois jovens torcedores do ABC, mortos a tiros poucas horas após a vitória do time potiguar sobre o alagoano ASA de Arapiraca. Ainda não há pistas sobre as mortes, investigadas pela Polícia Civil, mas desde já a Polícia Militar já demonstra não acreditar que a motivação para ambos tenha sido desavença entre torcidas. Já o Ministério Público pede mais atenção a esses crimes.

  A TRIBUNA DO NORTE trouxe matéria no último domingo mostrando pesquisa em que aponta o motivo do afastamento do torcedor potiguar dos estádios: medo da violência. Segundo o Smart Opinião Pública e Mercado, 71,52% dos entrevistados disseram que não vão aos jogos devido à violência.

Já o Conselho Estadual de Direitos Humanos, em levantamento feito este ano, mostra que só em 2013 foram 14 casos em que integrantes de torcidas organizadas ou simpatizantes de clubes perderam a vida tendo esse como sendo o suposto motivo. A maioria das vítimas, como nos dois casos da semana passada, são jovens. “O que acontece é que não há investigação e o crime é esquecido, arquivado. Não estamos vendo nenhuma resposta concreta”, afirmou Marcos Dionísio, presidente do Conselho.

Para ele, é preciso traçar um perfil de quem são os integrantes de torcidas organizadas, além de fazer um trabalho de prevenção. As mortes não são exclusivas da capital. Foram duas em Mossoró, duas em Parnamirim,  e mais uma em Taipu, distante 50 quilômetros de Natal. Dionísio se mostra surpreso com o número de homicídios.

“É assustador essa quantidade de mortes. Se você pega o Ceará, que tradicionalmente possui mais violência, nos últimos anos o Rio Grande do Norte supera”, comentou. Ainda segundo ele, o que favorece o índice de casos é a impunidade: “No Ceará, duas pessoas já foram condenadas. Aqui só temos notícia de medidas socio-educativas quando quem comete o ato é adolescente. Adulto, até agora, só teve uma condenação e o rapaz foragido”, completou o representante dos Direitos Humanos.

Era noite quando duas mortes foram registradas na sexta-feira (15), logo após o jogo envolvendo ABC e Asa de Arapiraca, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Os assassinatos aconteceram nas zonas Norte e Sul de Natal e ao todo sete pessoas foram baleadas naquela oportunidade.

O adolescente Flávio Augusto da Costa Leandro, de 17 anos, foi morto próximo à passarela de Neópolis. Eles estavam uniformizados com as cores do ABC. Por volta de 21h, um carro de cor preta se aproximou do trio e um de seus ocupantes efetuou disparos. Os três atingidos e levados para o Pronto-socorro Clóvis Sarinho. Flávio não tinha envolvimento com torcidas organizadas e não costumava ir ao estádio, informação esta passada pelo delegado Sérgio Freitas, que atendeu ao caso pela Delegacia de Plantão Zona Sul.

A outra morte por suposto envolvimento com torcidas aconteceu no loteamento José Sarney, em Lagoa Azul, na Zona Norte. Quatro jovens, também com camisas do ABC, voltavam para casa quando foram surpreendidos por disparos de arma de fogo, na Avenida Apucarana. Os tiros vieram de um carro que passou pelo grupo. Ismael Aprígio Teixeira, 18, foi socorrido ao Hospital Santa Catarina, juntamente com seus colegas, mas não resistiu aos ferimentos.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A nova arquitetura da segurança pública no país - o que há de novo na PEC 51

Saudações Caríssimos!

Republico aqui os comentários que fiz no Blog do Edmilson Lopes, sociólogo da UFRN, que divulgou a nova proposta de reestruturação da segurança pública no pais.


Belíssima postagem meu Caro Edmilson! Como sempre antenado nas mudanças sociais...

De longas datas tenho falado na falência do modelo de segurança pública que o país escolheu!? O comparado com a política de transporte adotado no Brasil na segunda metade do século XX. Num país onde as questões relativas à segurança estão mais afetas à defesa nacional ao controle da criminalidade não poderia acabar bem. É como afirmara  Jacqueline Muniz  em sua "crise de identidade da polícia brasileira". Como está consignado na Proposta o  país precisa urgentemente mudar o foco de enfrentamento do crescimento da violência e da criminalidade, e a Proposta em tela é o primeiro passo...

Veja logo abaixo a PEC 51, na integra e a análise do antropólogo Luiz Eduardo Soares. Vale apena conferir!




Fonte: