sábado, 27 de dezembro de 2014

Violência contra mulher: problemática ainda carente de políticas públicas

Saudações internautas!

Depois de uns dias ausentes em virtude de várias atividades retorno, infelizmente, com uma problemática bastante antiga, mas sempre recorrente nas páginas policiais - a violência contra a mulher. Apesar de uma série de intervenções governamentais, da sociedade organizada e também dos órgãos de segurança pública, o número não para de crescer.

Destaco alguns fatores que, na nossa análise, continuam contribuindo, não apenas com a manutenção da violência, mas infelizmente com seu incremento.

A primeira, considero ainda seja a sensação de impunidade, pois apesar de lei específica instituída desde 2006, muitos casos ficam impunes por uma série de fatores (sociais, emocionais, dependência finaceira, etc.)

A segunda  pode ser contatada pela estatística, por meio de gráfico no final da matéria, que destaca que a arma de fogo ainda é o principal instrumento utilizado. Nesse sentido, destaco que apesar da lei de controle de armas (SINARM), ainda é muito fácil adquirir uma arma de fogo, tanto legalmente e, principalmente pela via ilegal. Precismos construir uma cultura de paz!

E, por fim, enfatizo uma cultura ainda muito machista que está presente não apenas em países emergentes, mas ainda é um fenômeno global como fora divulgado pela ONU em 2013 e pode também ser analisado na matéria abaixo do jornal Tribuna do Norte.


Por Isabela Santos
Repórter

O número de crimes violentos contra mulheres cresceu em 39% em quatro anos no Rio Grande do Norte, demonstra relatório Observatório da Violência do   Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania - Coedhuci. Em 2011 foram 73 crimes de homicídios, seguidos de 72 em 2012, 111 em 2013 e chegando aos 120 no ano de 2014 (ver gráfico).

Na última semana, uma mulher foi brutalmente torturada e cinco morreram vítimas de violência doméstica no Estado. Duas delas gozavam de medidas protetivas de urgência (documento que determina que o agressor se mantenha distante da vítima e de sua família). É a primeira vez que isso acontece no RN, de acordo com informações da Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Mulher e das Minorias (Codimm).
Rayane MainaraA Codimm ainda não tem o balanço de homicídios atualizado deste ano. Até agosto foram registrados oito homicídios nas DeamsA Codimm ainda não tem o balanço de homicídios atualizado deste ano. Até agosto foram registrados oito homicídios nas Deams

O primeiro caso foi de Alexandra Moreira da Silva, de 32 anos, no dia 18 de dezembro. Era cobradora de ônibus em Natal e foi esfaqueada pelo ex-marido dentro do veículo em que ela trabalhava, quando passava pelo bairro Felipe Camarão.

Como inédito, o fato motivou uma reunião de toda a rede de proteção reunindo Ministério Público e demais órgãos da rede de proteção à mulher no dia seguinte para discutir o tema.

Segurando a medida protetiva, Fernanda Irassoara Borges de Araújo, de 27 anos, foi morta com um tiro na cabeça no portão da casa onde vivia, em Currais Novos. O principal suspeito é o ex-marido, Paulo Diógenes, um empresário de 35 anos, que foi preso na madrugada após o crime no município de Pombal, Paraíba. Da relação, ficaram dois filhos, uma menina de cinco anos e um garoto com apenas três.

A titular do Codimm, Erlândia Moreira Passos, se emociona ao falar dos episódios. “Isso nos deixa chocados. No momento a gente fica fraco, mas tem que se fortalecer. O que vai acontecer? A mulher vai ficar mais insegura para denunciar”, reconhece, alertando para a importância das denúncias.



info


Para ver a matéria na íntegra clique aqui.

Fonte:http://tribunadonorte.com.br/noticia/viola-ncia-contra-a-mulher-cresce-39/301751. Acesso em 27/Dez/2014.
Para quem quiser se aprofundar um pouco mais sobre não só esse tipo específico de violência, mas outras termáticas correlatas pode ver; LIMA; AZEVEDO; RATTON, et all. Crime, políca e justiça no Brasil. Ed, Contexto, São Paulo, 2014.


Desejo a todos (as) uma excelente festa de fim de ano e muitas realizações em 2015!!!!

E para que possamos refletir um pouco sobre nossas ações, desde a mais simples, a mais complexa, uma belo poema musicado de Paulino Moska: " O último dia"....Afinal o que você faria se só lhe restasse um dia?


Au revoir mes amis!

domingo, 16 de novembro de 2014

População carcerária no Brasil é uma das maiores do mundo

Saudações caríssimos (as)!

Depois de tempo ausente, em face das várias atividades profissionais estou de volta com uma série de postagens que visam fazer uma análise do último Anuário de Segurança Pública, publicado este mês. As postagem serão semanais.



Vejam logo abaixo a materia da Tribuna do Norte que traz os mais recentes dados oficiais da população carcerária do RN, comparando-a à nacional. Em contraponto à essa matéria cito aqui uma postagem da Folha de São Paulo, que inclusive aponta números mais impressionantes, panorama em que o Brasil (com quase 800 mil presos) estaria em terceiro lugal no planeta, perdendo apenas para EUA (com mais de 2 milhoes e 200 mil detentos) e a China (com quase 1 milhão e 800 mil pessoas encarceradas).
Para ver esta matéria na íntegra clique aqui.

Vale apena conferir!

População carcerária aumenta 17%
Roberto Lucena
Repórter

A população carcerária do Rio Grande do Norte aumentou mais de 17% neste ano. Atualmente, 6.945 homens e mulheres dividem espaço nas 31 unidades prisionais do Estado. A oferta de vagas para acomodar essa população não acompanhou a evolução dos números. São apenas 4.661 vagas disponíveis e o déficit atinge a marca de 2.284 vagas. Para amenizar o problema, a secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc) promete reiniciar o processo de licitação para construção de uma nova unidade em Ceará-Mirim. A obra tem investimento de R$ 17 milhões e o espaço comportará 603 presos.
Júnior SantosEm Alcaçuz, maior presídio do Estado, problemas se multiplicamEm Alcaçuz, maior presídio do Estado, problemas se multiplicam

Os dados que mostram a evolução da população carcerária foram observados quando comparados os números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2014 – divulgado na última terça-feira (11) – e informações da própria Sejuc. O titular da pasta, Júlio César de Queiroz, reconhece que, nos últimos dois anos, o investimento na área foi pequeno, o que impossibilitou uma maior oferta de vagas no sistema. “A secretaria convive com um limite orçamentário que impede novos investimentos. Esse é um problema comum a todos os Estados. Se o Governo Federal não assumir o compromisso de fazer um repasse obrigatório, continuará sendo complicado”, afirma.

Além da ajuda do Governo Federal – que seria através de repasses obrigatórios –, o secretário propõe que seja feita uma reforma administrativa na Sejuc. A proposta será formalizada e entregue à equipe de transição. Atualmente, além do sistema prisional, a secretaria é responsável por outros oito grandes coordenadorias, entre elas, Defesa Civil, Centrais do Cidadão e Proteção e Defesa do Consumidor (Procon).

Na proposta que será repassada para o governador eleito Robinson Faria, a ideia é transformar a Sejuc em Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). O sistema já assim utilizado em outros Estados. “A estrutura organizacional como está hoje, não permite a viabilização de outras ações. O sistema está engessado”, explica Júlio César.

É fácil constatar o que diz o secretário. Basta visitar qualquer unidade do sistema – com raras exceções – para perceber que os problemas comuns ao setor persistem. A superlotação é visível. A cada vistoria nas celas, aparelhos celulares, facas, drogas e outros objetos proibidos são encontrados. Sabe-se que, mesmo encarcerados, bandidos continuam articulados e comandando ações do lado de fora da prisão. Reclamações de detentos e familiares quanto ao trabalho dos agentes penitenciários também figuram na lista de entraves administrativos.

Na última quinta-feira (13), a reportagem da TRIBUNA DO NORTE esteve no maior presídio do Estado, Alcaçuz. Uma turma de presos jogava bola enquanto outros finalizavam os trabalhos na cozinha. Da ala de “adaptação”, ouvem-se gritos e pedidos de ajuda. O setor é uma espécie de área de castigo para os que foram  pegos com algum objeto proibido ou cometeram alguma indisciplina. Perto dali, em outra ala, não pertencente a nenhum pavilhão, presos dividem duas celas com visão para o pátio.

Um agente penitenciário que acompanhou a reportagem explica que, naquelas celas, estão apenados que não podem ficar em pavilhões com os demais presos. “Aquele pessoal tem rivalidade com outros presos. Se ficarem juntos, dá problema, confusão. Eles precisam ficar separados dos demais”, conta.

Brasil
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2014 – com dados relativos a 2013 – o Brasil possui 574.207 pessoas encarceradas. O número de presos provisórios, aguardando julgamento, atingiu 215.639 pessoas, ou, 40,1% do total de presos no sistema penitenciário, que não inclui os presos sob custódia das polícias.


Fonte:
http://tribunadonorte.com.br/noticia/populaa-a-o-carcera-ria-aumenta-17/298661. Acesso em 16/Nov/2014.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/06/1465527-brasil-passa-a-russia-e-tem-a-terceira-maior-populacao-carceraria-do-mundo.shtml. Acesso em 16/Nov/2014.

domingo, 28 de setembro de 2014

Fatos sociais na perspectiva de Émilie Durkheim

Saudações internautas!

Muito nos questionamos o porquê da criminalidade haver aumentado tanto na atualidade. Recorrentemente temos visto nos vários aparehos midiáticos o crescimento desenfreado dos índices de violência e criminalidade. A partir de uma abordagem sociológica do crime muitos teóricos fazem suas fundamentações para explicar suas causas. Vejamos:
  1. ênfase no indivívuo - 1.1 A frenologia, criada no século XVIII, segundo a qual o criminoso possui características físicas, como saliências no crânio, que o diferencia das demais pessoas, na sociedade; e 1.2 A outra linha de pesquisa com foco no indivíduo, procura as causas do crime na psique do criminoso. Segundo Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, o comportamento anti-social e a delinquência são decorrentes de um desequilíbrio entre o ego, o superego e o id, as três partes que constituem a personalidade individual.
  2.  ênfase na sociedade -Há muitas teorias diferentes sobre o assunto, cada uma com fórmula própria, realçando este ou aquele aspecto da vida em sociedade para explicar por que, de repente, pessoas resolvem roubar, matar ou estuprar, por exemplo. Muitas dessas teorias – em geral, as mais simplórias – tornaram-se populares, como as que culpam só a pobreza pelos crimes.
  3. A teoria dos controles. Segundo uma das principais correntes da criminologia, há três mecanismos que mantêm o comportamento dos indivíduos sob controle. Não por acaso, essa tese é chamada de “teoria dos controles”. 3.1 O primeiro deles é o autocontrole - resulta da socialização, pela qual as crianças, que são naturalmente agressivas e possessivas, aprendem a não ser assim (comportamento aprendido no convívio social); 3.2 O segundo fator que desvia as pessoas do cometimento de crimes é o medo da punição, ou seja, o controle formal que a sociedade exerce sobre cada indivíduo. Cesare Becaria, que no século XVIII proferiu a célebre frase: “O que inibe o crime não é o tamanho da pena, mas a certeza da punição”. Certamente no Brasil essa máxima já caiu por terra, visto que, a maioria dos criminosos, estão solto, e aqueles que chegam a ser pressos, ou fogem, ou são posto em liberdade pelas lacunas da lei - grifos meus); e 3.3
    O terceiro fator, e considerado por muitos o mais importante, é o controle social informal. Ou seja, é por meio da religião, da profissionalização, da educação e da família que são transmitidos os valores sociais.
  4. E por fim, aponta alguns autores, a  pobreza, como fator de gerador da criminalidade. É bom lembrar que a maior parte da criminalidade gerada em meio à pobreza tem como vítimas os próprios pobres, que ainda vivem o drama de não ter a quem recorrer, visto que, em muitos bairros de baixa renda, a presença da polícia e de serviços de saúde é muito menor. Isso é verdadeiro especialmente em relação aos crimes violentos, enquanto os crimes contra o patrimônio, guiados muito mais pela oportunidade, ocorrem nas regiões mais ricas das cidades, onde há patrimônio para ser subtraído.

De acordo com Émilie Durkheim o crime é um fato social. E assim sendo deve ser considerado normal, pois não há sociedade sem ele. No entanto, o que não é normal é o elevado número de ocorrência desse fato. Por outro lado há algumas característas que, obrigatoriamente, na concepção de Durkheim, dever ser consideradas: a generalidade do fato - ocorre em toda sociedade; exterioridade desse fato - o desejo de praticá-lo é exterior ao individuo; e a última característica é a coercibilidade, ou seja, inconscientimente as pessoas são impulsionadas a fazer.

A partir dessa perspectiva pode-se aponta outros fatos que se enquadram nessa pespectiva:"a moda", o "casamento" e, para citar algo bem contemporâneo, o "uso das novas tecnologias": Internet; Facebook, mobile phone; what's app, entre outros.

É importante destacar que os fatos sociais não compelirão todos os indivíduos a fazer uso de tais práticas, ou maneiras de agir, mas uma parcela significativa de uma dada sociedade, ou grupo social.

Por fim, mas não menos significativo é enfatizar que o crime, "filosófica e teoricamente" falando, tem sua função social. Ou seja, na perspectiva durkheimiana, quando a sociedade passa a considerar um ato, como fora da norma de convívio social (conduta reprovável e inaceitável), então ele será tipificado como crime, é pois nesse momento histórico que o crime está regulando a vida na sociedade.

Analisemos dois fatos: primeiro a violência doméstica, que desde sempre ocorreu, mas ainda não estava tipificada como crime, então a sociedade, por meio de seus representantes institucionalizou a "Lei Maria da Penha". A partir de então este fato social tornou-se crime. Outro exemplo interessante são os crime da Internert. Por ser um instumento eminentemente novo, ainda não havia regulação, quer social, quer legal. Contudo, diante dos fatos que começaram a se tornar público: invasão de documentos sigilos, violação de privacidade de pessoas, pedofilia, entre outros, os fatos foram criminalizados, gerando novas condutas sociais.

Vejam o vídeo logo abaixo onde pessoas que estão totalmente fora de um contexto específico (exterioridade ao indivíduo), passam a seguir outros, por impulso (coercibilidade social) persuadidos inconscientemente por uma norma moral implícita (generalidade de uma sociedade, ou grupo social).

Logo abaixo vejam também as fotos da turma de Especialização em Assistência Sócio-júridica e Segurança Pública, da Unifacex, na qual os alunos (as) apresentam um seminário que tratam dessa abordagem sociológica, na disciplina de Sociologia da Violência, ministrada por mim, ocorrida em 27/09/2014.
A moda como fato social

 A violência estrutural e da delinquência como fato social



  O casamento como fato social
 A violência estrutural como e seus desdobramentos na violência da delinquência


Fontes:


Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/origem-criminalidade-442835.shtml. Acesso em 25/Jun/2011. (Revista Superinteressante, edição 174a; abril de 2002)

DURKHEIM, E. A regras do método sociológico. Martin Claret: São Paulo, 2001.

MINAYO. Maria Cecília de S. A Violência Social sob a Perspectiva da Saúde Pública. http://www.scielo.br/pdf/csp/v10s1/v10supl1a02 .


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Direitos Humanos e cidadania: uma relação necessária!

Saudações Internautas!

Vejam este resumo de um artigo do Núcleo de Estudos da Violência - NUV, da USP.

Neste texto exploramos dados que vem sendo coletados, a cada dois anos, na cidade de São Paulo sobre a experiência que cidadãos têm com a violência urbana, e com as agência encarregadas de aplicar as leis. Os dados são relativos a: vitimização ao longo dos últimos 4 anos na cidade de São Paulo, a exposição à violência, o impacto desta vitimização, o acesso ao sistema de justiça, a percepção que os cidadãos têm do sistema de justiça, o tipo de delegação de poder que fazem ao Estado para que este reprima a violência, e a reação que têm aos Direitos Humanos: como percebem o tema, que tipo de violação de Direitos que reputam aceitável e o que é inaceitável, sempre segundo a variável raça/etnia. 

Para ver na íntegra clique aqui.


Fonte:
http://www.nevusp.org/portugues/index.php?option=com_content&task=view&id=811&Itemid=124. Acesso em 15/Set/2014.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Saúde pública

Saudações a todos (as)!

Logo abaixo estamos replicando uma postagem muito interessante sobre saúde preventiva, postada no blog do Capitão Araújo. Vale apena conferir!

Saúde preventiva, esporte e lazer

Saudações internautas!

Conversando com os eleitores durante a campanha consegue-se captar quais são os verdadeiros anseios e demandas da sociedade.

Em 2010 o Jornal A Tribuna do Norte  noticiou que Natal era a cidade mais sedentária do país, conforme trecho da matéria abaixo:

"Natal é a cidade mais sedentária do País, segundo indicadores do Ministério da Saúde, com ênfase para as mulheres. Temos um grau de obesidade acima da nacional em virtude de questões nutricionais e do próprio sedentarismo. Infelizmente, somos a mais sedentárias das capitais brasileiras, segundo a ONG Corações Brasil em sua pesquisa anual. A frota de carros, grande para o tamanho da população e isso se explica pela deficiência no transporte público. Tudo isso interage com a situação".

Para ler a matéria na íntegra clique aqui.


Nesta postagem trataremos de uma das demandas percebidas - a saúde. Por este motivo apresetamos aqui uma proposta de projeto que incrementaria as atuais "academias da terceira idade", através de um núcleo interdisciplinar de profissionais que trabalhariam a problemática da saúde dos comunitários, por meio da prevenção e da prática de atividade física.

Nas nossas visitas percebemos que as citadas academias implantadas em alguns bairros de Natal foram muito bem recepcionadas pela população. Então, o aprimoramento desse programa seria o seguinte:

1. Em cada bairro de Natal, com população até 20 mil habitantes seria instalada uma academia da terceira idade (com incremento de mais equipamentos para população em geral);

2.Criação de um núcleo interdisciplinar de nominado de avaliação e acompanhamento básico de saúde, composto de:

a) 03 agentes de saúde;
b) 03 educadores físicos;
c) 03 nutricionistas; e
d) 03 psicólogos.

3. Construção da instalação física deste núcleo com infraestrutura básica para comportar esses profissionais;

4.Inicialmente o programa de "saúde preventiva" será mantido por dois anos por verba federal e o estado e município manteriam o programa; e por fim

5. Nos bairros com população acima de 20 mil habitantes, cada vez que duplicar o contigente populacional seria criado uma nova academia, composta de mais um núcleo e equipe interdisciplinar com número igual de profissionais.

Para uma segurança pública com cidadania vote!
Foto: Sou FICHA LIMPA. Acabei de saber que foi confirmada a homologação de minha candidatura a Deputado Estadual. Agora de fato e de direito sou candidato com o nº 44.555 - Capitão Araújo. Vote sério, vote com Segurança.


Referência:
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/natal-uma-cidade-sedentaria/158744. Acesso em 11/Set/2014

domingo, 24 de agosto de 2014

O gerúndio na segurança pública do Brasil

Buenas tardes!

Estou republicando uma postagem feita conjuntamente no Blog do Capitão Araújo, sobre esse mal que assola não apenas a segurança pública, mas toda a administração brasileira!
Fonte:http://www.capitaoaraujo.blogspot.com.br/



Infelizmente a onda de violência tem sido crescente em Natal e na sua região metropolitana. Cotidianamente vemos estampado nas manchetes de jornais, na TV e nas redes sociais o aumento da prática de crimes, sobretudo aqueles violentos: homicídios e roubos (sejam em estabelecimentos comerciais, residências, ônibus ou taxi). Nesse sentido, no Brasil, em pleno limiar do século XXI, três são as principais preocupações da sociedade brasileira: saúde, segurança e educação (IBOPE, 2014)[1].

Conforme a pesquisa feita pelo Instituto Sangari, intitulada o Mapa da Violência 2013[2] ocorreu um acréscimo significativo no número de mortes violentas no país, quais sejam: por acidentes de trânsito, suicídio e, principalmente, homicídio, os quais são contabilizados a cada 100 mil habitantes. Para se ter uma ideia preliminar do quão grave é a situação enfatiza-se que, pelo menos[3], 1.145.908 (hum milhão cento e quarenta e cinco mil, novecentos e oito) homicídios foram registrados no Brasil no período de 1980 a 2011.

Face ao exposto, corriqueiramente algum especialista em segurança pública apresenta suas soluções que como em um passe de mágica resolveria o problema! Se não bastasse para tirar ainda mais a paciência do cidadão surgem os nossos competentes gestores afirmando que todas as medidas estão sendo tomadas; está sendo criada uma comissão; que será institucionalizada uma força-tarefa...

Bom meus caros (as), o final dessas medidas acima todos nós sabemos, permanecerá sempre no gerunnnnnnnnnnnnnnndio e nada, mas, efetivamente nada mudará para minimizar a sensação de insegurança que se alastra, agora, não mais nos bairros periféricos, mas principalmente nos de classe média e alta e nas áreas comerciais e bancárias (com as famigeradas saidinhas de banco), entre outros.

Efetivamente para que possamos sair do gerunnnnnnnnnnnnnnnndio eterno, faz-se necessárias planejar e implantar políticas públicas (de Estado), portanto, permanentes, que atuem em duas perspectivas: nas consequências, mas sobretudo, nas causas do problemas, ou seja na prevenção.

NAS CONSEQUÊNCIAS: efetivamente necessitamos de ruas mais iluminadas, e com pavimentação para que as viaturas policiais possam trafegar com mais agilidade, circuitos de câmeras integradas à segurança pública e, obrigatoriamente mais policiais ostensivos (devidamente formados, recapacitados, remunerados e motivados) nas ruas, em viaturas (devidamente equipadas e abastecidas), motocicletas, a cavalo e a pé, e outros tantos, realizando o serviço investigativo, pois sem este, aumenta a sensação de impunidade, entre outras!

No quesito policiais nas ruas chamamos a atenção para o déficit colossal que existe entre o número de policias militares previstos para o RN, e o realmente existente. Desses, dos quais falo ainda necessitamos retirar uma quantidade, pois são aqueles que trabalham à disposição de outros órgãos e os que estão afastados por problemas de saúde.

Ao todo são aproximadamente 1000 (mil) policiais militares que estão hoje afastados da atividade fim, por algum problema de saúde, seja físico, ou mental, ou ainda à disposição de outros órgãos. Destaca-se que infelizmente o órgão de saúde da PMRN não é suficiente para atender à essa demanda, nem tampouco há médicos nas áreas de psiquiatria e psicólogos para esse serviço especializado. Ainda como ratificação dessa realidade, conforme a revista Veja, a profissão policial é uma das mais estressantes do mundo, em especial, a militar, pois é extremamente complexa e por excelência estressante[4], necessitando, portanto, dessa assistência, seja na prevenção ou recuperação desses profissionais.

Alternativas: levando em consideração as deficiências da PMRN, acima citadas, a Instituição deveria, já que não há previsão de contratação de pessoal, buscar esses profissionais na área da saúde, na própria estrutura do estado, para através de parceria recuperar a saúde desses dos policiais afastados; ou ainda, na impossibilidade, ou falta desses profissionais médicos firmar convênios com as Universidades públicas e/ou privadas em busca deste serviço.

NAS CAUSAS
Efetivamente a problemática das causas da insegurança pública no país merece atenção de toda a seara estatal: união, estado e município, pois se necessita antes de qualquer medida realizar um diagnóstico sério sobre as causas da violência e da criminalidade, para a partir de então aplicar as medidas adequadas.
Segundo o Mapa da Violência, já citado, algumas pistas já apontam para necessidade de atenção aos jovens em situação de conflitos com a lei, pois são os maiores carrascos e vítimas também; reestruturação do sistema penitenciário que não ressocializa, ao contrário, converte marginalizados/infratores em marginais violentíssimos; revisão completa da legislação que visa mais a penalização do que a recuperação dos infratores e investimento significativo em educação (uma educação que promova realmente a cidadania) para toda sociedade brasileira, condição sine qua non de resgate de uma sociedade.




[1] Intitulada Retratos da Sociedade Brasileira - Problemas e Prioridades para 2014, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o IBOPE Inteligência, a pesquisa aponta a segurança como o segundo problema mais importante e urgente de políticas públicas, sendo citado por 39% dos entrevistados, ficando atrás apenas da saúde pública, que aparece em 49% das citações. Disponível neste link: http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Paginas/Brasileiro-elege-saude-seguranca-e-educacao-como-prioridades-para-2014.aspx. Acesso em 16/Abr/2014.
[2] A pesquisa na íntegra, que contém cem páginas, fazendo uma ampla discussão acerca dos fatores que contribuem para o aumento dos  índices no Brasil está disponibilizado neste link: http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2013/mapa2013_homicidios_juventude.pdf. Acesso em 21/Abr/2014.
[3] Alguns autores, tanto estrangeiros como nacionais, sobretudo, Michel Foucault (1977) e Tereza Pires Caldeira (2003), enfatizam o alto número de subnotificação que é produzido nas estatísticas oficiais. 
[4]De acordo com  Moraes  Et all (2000) em pesquisa financiada pelo CNPq a partir do estudo realizado na Polícia Militar de Minas Gerais, as corporações militares são por sua essência e cultura, locus de trabalho que promovem o estresse cotidianamente. Outro estudo também, nessa perspectiva, é o de Oliveira e Bardagi (2010). O mesmo identificou que a confrontação direta com a criminalidade e emergências, eventualmente expõem os PMs a riscos, a princípio, os .predispõem muito mais ao estresse do que atividades administrativas.