domingo, 22 de junho de 2014

O esvaziamento dos protesto Brasil afora: o efeito Copa do Mundo teria atingido seu objetivo?

Saludos hermanos! 

Trago aqui duas reportagens para reflexão sobre as mobilizações sociais, que ocorrem desde meados do ano passado país afora, e o que aqui denomino de efeito Copa do Mundo. De acordo com algumas pessoas (ativistas e especialistas) as mobilizações perderam força por vários fatores. Isso pode ser constatado em muitas reportagens e nas que mostro abaixo. No entanto, o que gostaria de chamar atenção é sobre um fenômeno que mexe com a forma de pensar e agir[1] do povo brasileiro - o futebol. No Brasil, ele é muito mais que um esporte, é algo mistico que consegue mobilizar milhares de pessoas em prol de uma causa (é mesmo uma paixão que leva milhares de torcedores, quer ao estádio, para apoiar seus times, quer ao aeroporto para xingar os atletas quando não atuaram - em suas perspectivas - bem). Pena que para a maioria dos brasileiros essa mobilização não ocorra para às questões sociais,ou seja, para lutar, cotidianamente, pelas melhorias das condições de vida de nossa população!!!
Logo abaixo duas matérias para que possamos tirar nostras próprias conclusiones:
As reivindicações que foram levadas às ruas das cidades brasileiras em junho do ano passado não foram esquecidas. Embora tenham perdido força, os protestos continuaram nos meses seguintes, como as ocupações de Câmaras de Vereadores e as greves de professores no Rio de Janeiro e dos rodoviários em São Paulo.
Na Copa do Mundo, entretanto, os atos chamados pelos movimentos sociais, sobretudo pelos Comitês Populares da Copa, não têm surtido o mesmo efeito. Poucas centenas de pessoas têm participado dos protestos, que ocorrem simultaneamente aos jogos.
Para Lucas Oliveira, integrante do Movimento do Passe Livre (MPL), que coordenou em junho do ano passado as manifestações em defesa da redução da tarifa do transporte público em São Paulo, a pauta da redução dos R$ 0,20 na tarifa faz falta.
“Ano passado, a gente tinha uma demanda muito objetiva colocada. Esse ano não existia uma demanda específica.” Ele também cita o cansaço como um dos fatores para o esvaziamento dos atos. “A gente fazia um ato a cada dois dias e dormia em média quatro, cinco horas por noite.” A mobilização, contudo, não parou. Oliveira defende que atos menores, mas constantes, além de ações nas comunidades, continuam sendo feitos. “Estamos acumulando.”
Já o cientista político Leonardo Barreto aponta a violência como motivo para a mudança no perfil das manifestações. Ele lembra que muitos dos atos terminaram em cenas de violência e depredação protagonizadas pelos black blocs, ativistas que defendem a ação direta como forma de chamar atenção e desafiar o Estado. Em fevereiro deste ano, o cinegrafista Santiago Andrade morreu depois de ser atingido por um rojão disparado por um desses ativistas, em meio a um protesto.
Para ver a matéria na íntegra clique aqui.
Outra matéria interessante está na Folha de São Paulo, na qual o governado de São Paulo, afirma que ação da PM será revista, visto que o acordo feito pelo Comando daquela Instituição e Movimento Passe Livre daquele estado, não foi cumprido pelos manifestantes, ou por pessoas infiltradas, o que causou danos ao patrimônio público e privado! Para saber mais siga este link.
Ad sumus!

[1] De acordo com Durkheim as formas de pensar e agir de uma dada sociedade, grupo ou seguimento social pode mudar, tornando-se um fato social quando corre um fenômeno com características de coercibilidade,  exterioridade e  generalidade. Para aprofundar essa Teoria ver:DURKHEIM, Emilie. As regras do método sociológico. SP: Martin Claret, 2001.
Fonte:
http://noticias.terra.com.br/brasil/manifestacoes-diminuiram-na-copa-do-mundo,3ff1010ce50c6410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html. Acesso em: 22/Jun/2014.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/06/1473499-acao-da-pm-em-manifestacao-sera-revista-diz-alckmin.shtml. Acesso em: 22/Jun/2014.





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