sábado, 27 de dezembro de 2014

Violência contra mulher: problemática ainda carente de políticas públicas

Saudações internautas!

Depois de uns dias ausentes em virtude de várias atividades retorno, infelizmente, com uma problemática bastante antiga, mas sempre recorrente nas páginas policiais - a violência contra a mulher. Apesar de uma série de intervenções governamentais, da sociedade organizada e também dos órgãos de segurança pública, o número não para de crescer.

Destaco alguns fatores que, na nossa análise, continuam contribuindo, não apenas com a manutenção da violência, mas infelizmente com seu incremento.

A primeira, considero ainda seja a sensação de impunidade, pois apesar de lei específica instituída desde 2006, muitos casos ficam impunes por uma série de fatores (sociais, emocionais, dependência finaceira, etc.)

A segunda  pode ser contatada pela estatística, por meio de gráfico no final da matéria, que destaca que a arma de fogo ainda é o principal instrumento utilizado. Nesse sentido, destaco que apesar da lei de controle de armas (SINARM), ainda é muito fácil adquirir uma arma de fogo, tanto legalmente e, principalmente pela via ilegal. Precismos construir uma cultura de paz!

E, por fim, enfatizo uma cultura ainda muito machista que está presente não apenas em países emergentes, mas ainda é um fenômeno global como fora divulgado pela ONU em 2013 e pode também ser analisado na matéria abaixo do jornal Tribuna do Norte.


Por Isabela Santos
Repórter

O número de crimes violentos contra mulheres cresceu em 39% em quatro anos no Rio Grande do Norte, demonstra relatório Observatório da Violência do   Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania - Coedhuci. Em 2011 foram 73 crimes de homicídios, seguidos de 72 em 2012, 111 em 2013 e chegando aos 120 no ano de 2014 (ver gráfico).

Na última semana, uma mulher foi brutalmente torturada e cinco morreram vítimas de violência doméstica no Estado. Duas delas gozavam de medidas protetivas de urgência (documento que determina que o agressor se mantenha distante da vítima e de sua família). É a primeira vez que isso acontece no RN, de acordo com informações da Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Mulher e das Minorias (Codimm).
Rayane MainaraA Codimm ainda não tem o balanço de homicídios atualizado deste ano. Até agosto foram registrados oito homicídios nas DeamsA Codimm ainda não tem o balanço de homicídios atualizado deste ano. Até agosto foram registrados oito homicídios nas Deams

O primeiro caso foi de Alexandra Moreira da Silva, de 32 anos, no dia 18 de dezembro. Era cobradora de ônibus em Natal e foi esfaqueada pelo ex-marido dentro do veículo em que ela trabalhava, quando passava pelo bairro Felipe Camarão.

Como inédito, o fato motivou uma reunião de toda a rede de proteção reunindo Ministério Público e demais órgãos da rede de proteção à mulher no dia seguinte para discutir o tema.

Segurando a medida protetiva, Fernanda Irassoara Borges de Araújo, de 27 anos, foi morta com um tiro na cabeça no portão da casa onde vivia, em Currais Novos. O principal suspeito é o ex-marido, Paulo Diógenes, um empresário de 35 anos, que foi preso na madrugada após o crime no município de Pombal, Paraíba. Da relação, ficaram dois filhos, uma menina de cinco anos e um garoto com apenas três.

A titular do Codimm, Erlândia Moreira Passos, se emociona ao falar dos episódios. “Isso nos deixa chocados. No momento a gente fica fraco, mas tem que se fortalecer. O que vai acontecer? A mulher vai ficar mais insegura para denunciar”, reconhece, alertando para a importância das denúncias.



info


Para ver a matéria na íntegra clique aqui.

Fonte:http://tribunadonorte.com.br/noticia/viola-ncia-contra-a-mulher-cresce-39/301751. Acesso em 27/Dez/2014.
Para quem quiser se aprofundar um pouco mais sobre não só esse tipo específico de violência, mas outras termáticas correlatas pode ver; LIMA; AZEVEDO; RATTON, et all. Crime, políca e justiça no Brasil. Ed, Contexto, São Paulo, 2014.


Desejo a todos (as) uma excelente festa de fim de ano e muitas realizações em 2015!!!!

E para que possamos refletir um pouco sobre nossas ações, desde a mais simples, a mais complexa, uma belo poema musicado de Paulino Moska: " O último dia"....Afinal o que você faria se só lhe restasse um dia?


Au revoir mes amis!